No prédio que se vê na foto funcionou durante décadas uma central de polícia em João Pessoa. Nele conviviam policiais militares, civis e guardas municipais. Mas há informações de que em sua estrutura há pedras calcáreas, o que o remete ao período colonial.
O prédio fica na esquina da rua Duque de Caxias com a Braz Florentino, de frente para a antiquíssima Praça Rio Branco (a do Sabadinho), com edificações da época do Brasil colônia.
No período, até final da década de 1970, era nesse endereço policial que os repórteres de rádios e jornais da cidade iam buscar as notícias criminais que tanto vendiam jornais e garantiam audiência às emissoras radiofônicas. O plantão jornalístico se dava até tarde da noite.
No oitão, que dá para a Braz Florentino, quase de frente para onde hoje funciona a Cachaçaria Philipeia, funcionava um pátio para estacionamento das viaturas policiais, geralmente caminhonetes. Mas também cadeias provisórias onde ficavam alguns dos que eram presos pelas rondas.
Na época de menino, se falava de gritos e choros provenientes de sessões de tortura no local. Pelo sim pelo não, o certo é que não havia muito controle sobre a atividade policial, naqueles tempos. Foi nesse prédio que durante o período de sua utilização policial existiu o serviço de rádio patrulha, responsável pela ronda ostensiva e pelo atendimento a ocorrências emergenciais, utilizando radiocomunicação para coordenar as atividades de policiamento.
A principal função da RP era garantir resposta rápida às chamadas de emergência, proporcionando uma presença policial mais imediata nas ruas. Entre as histórias guardadas da época, uma delas diz respeito ao cabo Balbino, um lutador de jiu jitsu, nas horas de folga do trabalho policial, que ficou famoso na cidade, sendo o terror dos malfeitores de quem achava de enfrentá-lo. Seu nome ganhou fama na época.
Atualmente, em moldes mais contemporâneos, a Rádio Patrulha cumpre papel importante na garantia da segurança pública, pela Polícia Militar da Paraíba, adaptando-se às novas demandas da sociedade e incorporando as últimas tecnologias disponíveis.
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba