A história que deu origem à Capela de Nossa Senhora da Batalha é a mesma da Igreja de Nossa Senhora do Socorro, sobre a qual falamos nesses dias, que ficam bem próximas uma da outra, entre Santa Rita e Cruz do Espírito Santo. No ano de 1636, época em que a Paraíba estava dominada pelos holandeses, os invasores tomaram a produção dos engenhos de açúcar no estado. Espírito Santo e Santa Rita sempre foram zonas dedicadas à produção de açúcar e, portanto, locais de conflitos permanentes com os invasores.
Havia um combatente que ficou famoso, no Nordeste, por empreender forte resistência aos holandeses, chamado capitão Francisco Rabelo. Numa dessas lutas, Rabelinho, como era mais conhecido, enfrentou os batavos, em condições de absoluta inferioridade, no local, conseguindo derrotar as tropas holandesas então envolvidas, e matar o próprio administrador da Paraíba, o cruel e desonesto Yppo Elyssens, vindo dos Países Baixos, espécie de governador da época, fato que, na sequência, acabou provocando período de intensa repressão das tropas holandesas.
Por conta da vitória, os habitantes da região fizeram construir as duas igrejas no local dos combates. Tombada desde 15 de julho de 1938, a Capela de Nossa Senhora da Batalha (invocação, de origem portuguesa, a Maria, em função de improvável, mas alcançada vitória sobre os espanhóis na Batalha de Aljubarrota, em 1385), reconstruída em 1987, conforme a original, após ruir completamente, tem porta e duas janelas, e fica às margens da PB-004, próxima à Ponte da Batalha.
Dessa forma, a capela de Nossa Senhora da Batalha é um patrimônio histórico e cultural da Paraíba, que atrai visitantes de todo o país e do exterior. A capela é mais um símbolo da identidade e da memória do povo paraibano, a preservar e valorizar sua herança cultural.