Daniella volta a ser cortejada para compor chapa majoritária na Paraíba
A deputada estadual Daniella Ribeiro, do Partido Progressista, volta a ser cogitada para compor chapa majoritária nas eleições deste ano na Paraíba, tanto por aliados do governador Ricardo Coutinho (PSB)como por aliados do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, do PSD.
Na disputa eleitoral de 2010, Daniella foi cortejada para ser vice de Ricardo, mas os entendimentos não evoluíram e o escolhido para a vaga acabou sendo Rômulo Gouveia, que hoje preside o PSD, partido a que Cartaxo é filiado. Na época – 2010 – Rômulo já mantinha estreita ligação com o esquema Cunha Lima, que através do senador Cássio se aliou a Coutinho, rompendo mais tarde.
Daniella é uma parlamentar articulada, independente, que tem domínio sobre os problemas da cidade Rainha da Borborema e das regiões paraibanas em geral, destacando-se na Assembleia por proposituras avançadas, do ponto de vista social, com efeito utilitário no benefício da comunidade do Estado.
Ela já foi candidata a prefeita de Campina Grande num período em que o panorama político local estava bastante conturbado e alianças prometidas acabaram sendo desfeitas. Não obstante, Daniella alcançou excelente performance. A sua imagem é positiva junto a camadas informadas da opinião pública em Campina Grande e fora da segunda maior cidade da Paraíba.
Irmã do deputado federal Aguinaldo Ribeiro, que foi ministro das Cidades na gestão de Dilma Rousseff e secretário de Tecnologia numa das gestões de Ricardo Coutinho como prefeito de João Pessoa, Daniella é filha do ex-deputado federal e estadual Enivaldo Ribeiro, atual vice-prefeito de Campina Grande e dirigente do diretório regional do PP. No plenário da Assembleia Legislativa age com autonomia e mantém livre trânsito em diferentes bancadas, pela sua capacidade de articulação demonstrada em votações decisivas no histórico de sessões da Casa de Epitácio Pessoa.
O Partido Progressista possui a quarta maior bancada na Câmara Federal, dispõe da quarta fatia constitucional do chamado Fundo Partidário e detém tempo expressivo no Guia Eleitoral em rádio e televisão, além de exercer influência predominante no âmbito do Centrão, um bloco criado por parlamentares na Câmara, interessados em renovar políticas públicas adotadas no País.
A defesa de demandas de interesse das mulheres por parte da deputada Daniella Ribeiro põe a parlamentar em sintonia com a parcela majoritária da sociedade, representada pelo sexo feminino. Em âmbito nacional, o PP é mencionado como um dos dez partidos com espaço de representatividade no Guia Eleitoral, o que será importante para a apresentação, pela chapa majoritária, das propostas de governo concebidas em articulação com agrupamentos sociais. Tem sido praxe, na crônica política paraibana, escolha de mulheres por chapas partidárias, especialmente para ocupar o lugar de vice.
A atual vice-governadora da gestão Ricardo Coutinho é a médica Lígia Feliciano, do PDT, com atuação nas franjas de Campina Grande. A representatividade em Campina Grande também conta, em virtude da importância estratégica da cidade como segundo maior colégio eleitoral da Paraíba.
Quando não há representantes de Campina Grande em chapas majoritárias é porque algumas figuras estão encabeçando as chapas, como se deu com Cássio Cunha Lima. Daniella Ribeiro desperta elogios entre seus pares na Assembleia pela postura de diálogo e combatividade que tem sustentado ao longo da ação parlamentar.
É uma deputada que nunca votou contra os interesses populares – e esta atitude tem a ver com os compromissos assumidas por Daniella nas suas pregações eleitorais. Do ponto de vista das lutas que empalma na Assembleia Legislativa, muitas delas estão relacionadas com a proteção das mulheres diante dos abusos que sofrem e de direitos que ainda não foram outorgados a elas. Daniella, contudo, faz um mix de assuntos gerais para fazer jus à condição de representante do povo.
Por isso é que seu nome periodicamente é lembrado ou mencionado como alternativa para oxigenar chapas. Preenche todos os requisitos até mesmo para concorrer ao governo, caso o seu partido, o PP, optasse por candidatura própria. A impressão dominante em várias camadas sociais é a de que a participação da deputada em chapa majoritária daria um “colorido” diferente à coligação de que possa vir a fazer parte nas eleições de outubro próximo.
Nonato Guedes
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: nonato guedes