sonegação nos paraísos fiscais

O TRIPLEX DA FAMÍLIA MARINHO: Mansão construída ilegalmente numa área de preservação ambiental - Por Flávio Lúcio

Essa offshore (uma empresa criada em paraíso fiscal para sonegação e ocultação d patrimônio) tem participação na Agropecuária Veine Patrimonial. A Veine Patrimonial, descobriu-se, é dona de uma mansão que a Família Marinho usava com regularidade em fins de semana. Até heliporto existe por lá.

O TRIPLEX DA FAMÍLIA MARINHO

Um texto sobre triplex, mas a respeito de um que faz jus ao nome.

Depois da ousada ação do MTST no Edifício Solares, quando expôs ao mundo e aos brasileiros − depois de anos e anos de investigação que envolveram a CIA, o FBI, a Interpol, a mídia corporativa, e a PF, nessa ordem − conhecemos melhor o único e mais bem acabado produto da “corrupção” lulista: o TRIPLLÉÉEX (na entonação dada pelos apresentadores e “comentaristas” da Globo) do Guarujá.

Depois das imagens do MTST, ficou mais que evidente o motivo pelo qual a mídia nunca se interessou em mostrar por dentro o tal TRIPLEX que hoje “atribuem” a Lula”. Não podia. O truque semiótico era deixar a impressão de um imóvel de alto luxo, fotografado sempre de baixo para cima, inatingível para nós, reles mortais, ocupando o andar mais alto do que parecia ser um edifício luxuosíssimo.

O MTST matou nossa curiosidade já que essa mídia familiar nunca se interessou em mostrar o “TRIPLEX DO LULA”. Imagine a Globo exibindo no Fantástico, com imagens exclusivas filmadas com câmera escondida, o nababesco apartamento? Mostrando em detalhes a imensa piscina na cobertura, o elevador construído exclusivamente para D. Marisa, os quartos gigantescos, a sala imensa de frente para a varanda “gourmet” com vista para o mar. Teria sido um espetáculo, não é mesmo?

Agora nós sabemos por que nunca foi.

As imagens que vimos foram do apartamento real, de um “triplex Minha Casa, Minha Vida”, como Lula sempre preferiu descrever e Moro nunca se interessou em conferir, porque nunca permitiu que a defesa sequer tivesse acesso ao prédio.

O que vimos foi um imóvel de 215 m², que, não fosse pelos três pavimentos de 80m² por 80m² por 55m², seria igual a tantos apartamentos de classe média. E o que é pior: sem nenhum traço de que recebeu as “reformas” que Léo Pinheiro disse que a OAS fez no apartamento e Moro incorporou como verdadeiras em sua sentença.

O TRIPLEX DA FAMÍLIA MARINHO

Diferente da mansão da família Marinho, construída ilegalmente numa área de preservação ambiental, que o mesmo juiz, depois de prender advogados da Mossack-Fonseca, nunca quis investigar essa empresa. Motivo? Ao fazer isso, Moro começaria a desvendar os esquemas de lavagem de dinheiro em paraísos fiscais da Rede Globo, revelados ao mundo, em parte, em processos que correm nos Estados Unidos envolvendo a FIFA e CONMEBOL.

É bom não esquecermos que no final de janeiro de 2016, há mais de dois anos, portanto, o juiz Sérgio Moro colocou a Polícia Federal na rua para dar início a mais uma fase da Lava Jato (a 22ª), a Operação Triplo X (alguém imagina por que)? Um dos alvos foi a filial brasileira da Mossack & Fonseca, uma banca de advocacia do Panamá envolvida com todo tipo de criminoso internacional, desde traficante a sonegadores. Especialidade da Mossack & Fonseca: lavar dinheiro em paraísos fiscais.

A Mossack & Fonseca tinha um apartamento no Edifício Solaris e quando descobriu isso os olhos de Sérgio Moro devem ter brilhado. Mais uma vez, tentando encontrar Lula na sala escura da corrupção brasileira, Moro entrou lá e esbarrou, sem querer, em “outros” personagens, assim como aconteceu com Serra, Alckmin, Aécio, FHC, entre tantos.

Nesse caso, Moro deu de cara com a família Marinho dentro da sala. Depois de prender alguns advogados e identificar laranjas e os principais tentáculos da Mossack & Fonseca no Brasil, Moro recuou soltando com uma pressa sem tamanho os presos da Operação Triplo X. Estes jamais tiveram determinadas suas detenções preventivas para “cuspir os feijões” e nós nunca mais ouvimos falar deles.

É que em meio aos “clientes” da Mossack & Fonseca estava um tal de Alexandre Chiapetta de Azevedo, ex-esposo de Paula Marinho Azevedo. Quem é Paula? Filha de João Roberto Marinho. A investigação feita pela mídia alternativa levou a Vaincre LLC.

Essa offshore (uma empresa criada em paraíso fiscal para sonegação e ocultação d patrimônio) tem participação na Agropecuária Veine Patrimonial. A Veine Patrimonial, descobriu-se, é dona de uma mansão que a Família Marinho usava com regularidade em fins de semana. Até heliporto existe por lá.

E por ter sido construída ilegalmente numa área de preservação ambiental numa das praias da cidade de Paraty, é com os Marinho que o Ministério Público do Rio luta para reaver o patrimônio público. Esse fato é apenas um, dentre tantos, que revela o verdadeiro caráter da Operação Lava Jato e do juiz Sérgio Moro.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Flávio Lúcio