opinião

O protagonismo jovem na política - Por Rui Leitão

O momento político atual no Brasil precisa de um maior apoio da juventude em defesa da nossa democracia. A cidadania adolescente necessita ser despertada na mente dos brasileiros. Mudar a história do país pelo voto deve ser compreendido como um ato de responsabilidade cívica.

O momento político atual no Brasil precisa de um maior apoio da juventude em defesa da nossa democracia. A cidadania adolescente necessita ser despertada na mente dos brasileiros. Mudar a história do país pelo voto deve ser compreendido como um ato de responsabilidade cívica.

É inadmissível que parte da geração que hoje está na faixa dos 16 a 17 anos, apta a exercer o direito de fazer suas escolhas na próxima eleição, se recuse a participar desse importante ato democrático, argumentando que não acredita nos políticos. Isso se chama alienação. Num instante em que o país vive uma grave crise institucional, com explícita ameaça de ruptura democrática, é indispensável a mobilização juvenil na manifestação do que quer para o país.

O voto aos l6 anos é conquista da juventude na Constituição de 1988, que não pode ser desperdiçada. Historicamente as novas gerações têm sido protagonistas de movimentos que buscam mudanças. O voto, então, é um instrumento capaz de contribuir para que se efetivem as transformações que se fazem necessárias. A juventude contemporânea não pode negar a tradição de participação decisiva nos acontecimentos políticos que definem os destinos da nação. Ela é questionadora por natureza, inconformada com a estagnação e tem a criatividade necessária para pensar em soluções inovadoras para problemas antigos.

O comparecimento dos jovens nesta eleição pode fazer a diferença. Antes da Constituição a população menor de 18 anos era excluída do processo eleitoral, mas enfrentou a ditadura nas ruas ecoando a voz de rebeldia contra os que insistiam em negar o Estado Democrático de Direito. Agora, além da atuação política organizada, tem a possibilidade de, pelo voto, contribuir para o alcance de evoluções sociais. E isso é impossível de acontecer fora do responsável exercício da política.

Os jovens têm que compreender a democracia como um valor absoluto a ser preservado a todo custo. E, comparecendo às urnas aproveitarem a oportunidade para direcionar forças em prol de uma sociedade justa e igualitária, onde a política seja pensada para os jovens e pelos jovens. Por estarem em uma fase de amadurecimento, acumulando experiências, têm a obrigação de se tornarem protagonistas da história política, até porque não se prendem a tradições e, por isso mesmo, não têm medo de se lançarem a novidades, não se prendendo a preconceitos, nem a definições do passado.

Que a juventude não se esmoreça diante dos desafios e cumpra, na eleição deste ano, seu papel de promotora da renovação política em nosso país. Quando ela se dispõe a atuar no campo político, as lideranças se sentem forçadas a adotar uma linguagem que permita o diálogo que supere as diferenças geracionais. A omissão, por consequência, produz uma despreocupação dos agentes políticos em conhecer o seu pensamento e as suas demandas. E, assim, tudo pode continuar como está. Com certeza não é isso que os jovens querem. A hora exige o enfrentamento em defesa da democracia.

 

Fonte: Rui Leitão
Créditos: Polêmica Paraíba