O poder não está na expressão do “ego”, mas na força do “nós”. O poder individual é tirania, o poder do “nós” é democracia. Quando decidimos que “ninguém solta a mão de ninguém” nos tornamos fortes para enfrentar os delírios e loucuras dos que se acham poderosos. É assim que, num encorajamento solidário, poderemos conseguir abater os autocratas. Quando muitos estão juntos, não há espaço para a desesperança, nem para o medo. O “nós” não teme desafios. Se irmanados num só propósito, somos grandiosos.
A sintonia de pensamentos nos torna mais inteligentes e preparados para a conquista de vitórias, muitas vezes imaginada impossível. As parcerias são garantias de sucesso em qualquer empreitada. A manifestação do “ego” perde consistência quando confrontada com a evidência do “nós”. Não há crise que resista às ações produzidas pelo coletivo. Quem subestima o poder do “nós” não está preparado par definir seu próprio destino, porque se submete a vontades de “egos” inflamados pela ambição na prática do autoritarismo.
É imensurável a nossa capacidade de reagir e impulsionar mudanças. Desde que estejamos organizados, motivados e com foco determinado. A mobilização em prol de um objetivo comum amedronta os que teimam em contrariar demandas coletivas. Em tempos sombrios unir-se é a melhor estratégia de resistência. O exercício da política plural não admite lideranças personalistas, que não dialogam, nem ouvem seus liderados. Ao segurarmos as mãos uns dos outros nos entusiasmamos a lutar, sem desistências ou recuos.
O espirito de coletividade vivo fortalece os movimentos de persistência na luta. O caminho urgente a seguir será o da compreensão do poder do “nós”, sem cristalizar diferenças identitárias, mas afirmando-nos na convicção de que “o povo unido, jamais será vencido”.
Fonte: Rui Leitão
Créditos: Rui Leitão