Recebemos a cada instante novas mensagens. Nem sempre são informações desconhecidas. Mas, com certeza, são comunicações que podem exercer influência no nosso pensar e na nossa compreensão das coisas. O grande problema é quando nos sentimos seduzidos por determinadas mensagens. Aquelas que nos são transmitidas com a intenção de estimular comportamentos e vêm com ideias subliminares. É a chamada manipulação emocional imperceptível.
No aproveitamento de carências, fraquezas e insegurança, o manipulador, no caso o emissor das mensagens, produz informações que resultam numa falsa sensação de apoio, proteção, atendimento de expectativas. É isso que estamos vivenciando no momento: a utilização das condições de vulnerabilidade da sociedade brasileira para incutir convicções que estão distantes da realidade porque são propositadamente colocadas para atender interesses outros. Conquistada a confiança torna os receptores das mensagens em vítimas dos seus argumentos.
Então corremos o risco de pensar que somos donos de nossas próprias escolhas. Passamos assim a tomar decisões influenciadas por fatores que fogem à nossa percepção consciente. Iludidos, chegamos a compreender como algo bom aquilo que em outros tempos entendíamos como ruim. Não enxergamos a maldade embutida na informação e no poder de convencimento.
As mentes manipuladas, alimentadas por mensagens intencionalmente falsas, assumem posturas de fanatismo em defesa de ideias que lhes foram induzidas a serem admitidas como verdadeiras. É o incentivo à adoção cega de um pensamento ou opinião. O mensageiro manipulador controla vontades e emoções, exercendo no receptor uma “lavagem cerebral”. O esforço para provocar mudanças de atitudes e de crenças, de forma que o manipulado tenha dificuldade em identificar as armadilhas da manipulação. Deixam se levar facilmente pela “onda” propagada.
Como reconhecer a manipulação e enfrenta-la com inteligência? Primeiramente colocar-se como um questionador, apresentando posições que contrastem ao que estão tentando convencê-lo como verdade. Depois procurar controlar o ódio que muitas vezes se torna insano em detrimento da razão, a perda do equilíbrio emocional. E por fim nunca permitir que lhe seja cerceada a liberdade de raciocinar.
A manipulação de mentes projeta luzes sobre o cenário do falso, faz renascer desejos que não correspondem ao atendimento das ansiedades, transforma cérebros férteis em instrumentos de alienação.
Fonte: Rui Leitão
Créditos: Polêmica Paraíba