Ouvimos, insistentemente, dizer que o olhar é o espelho da alma. Nada mais verdadeiro. Através dele fala o nosso coração. Não existem paixões, segredos ou intenções, que consigam se esconder por trás de um olhar. Ele abre as portas para a verdade.
O contato visual de forma direta nos permite conhecer melhor a pessoa a quem olhamos. Nem há necessidade de que ouçamos o que ela quer dizer, pelos seus olhos fazemos a leitura do seu interior. Estabelece-se uma espécie de energia que firma vínculos, manifesta-se uma comunicação silenciosa. Quantas vezes, nesse entendimento produzido pelo olhar, vemos a contradição da expressão verbal com o que captamos na mensagem visual.
O olhar tanto pode ser meigo, doce, carinhoso, quanto pode ser frio, cheio de ódio, ameaçador. Tanto pode ser de atenção, curiosidade, questionador, quanto pode ser de indiferença, insensibilidade, desconsideração. Tanto pode ser de alegria, felicidade, simpatia, quanto pode ser de medo, susto, pânico. Tanto pode de ser encorajamento, apoio, aprovação, quanto pode ser de censura, covardia, fraqueza.
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Difícil confiar em alguém que só fala com você de cabeça baixa. Ainda que seja por timidez, não nos oferece segurança no que procura nos transmitir. As interlocuções, em qualquer que seja a circunstância, têm que ser numa conversa “olho no olho”, de forma a que não se suscite dúvida na comunicação. Pode haver falsidade nas palavras, mas ninguém consegue ser falso na linguagem do olhar.
É no primeiro olhar que se principia uma história de amor. O poder de sedução pela conquista do olhar é o instrumento mais eficaz para consolidar um relacionamento afetivo. O “flerte” é a emoção do primeiro contato visual entre futuros enamorados. Ele vem com força de encantamento, atração, fascínio. Por isso que se diz “foi amor à primeira vista”.
Fonte: Rui Leitão
Créditos: Rui Leitão
