um santo de barro flexado por todos os lados

O fracasso moral e político do lulopetismo e a tentativa de encobrir crimes e despistar a verdade histórica - Por Gilvan Freire

Tem-se a sensação de que, agora, quando a mística cede lugar ao realismo, quando a razão triunfa sobre o engodo e o despiste, quando os principais criminosos se abrem, confessam e se rendem, e quando a justiça ganha a luta contra o crime e segrega os delinquentes , que isso já é o começo da reconstrução do Brasil.

O FRACASSO MORAL E POLÍTICO DO LULOPETISMO E A TENTATIVA DE ENCOBRIR CRIMES E DESPISTAR A VERDADE HISTÓRICA

Somente em regimes totalitários, onde as instituições de controle social são garroteadas e a opinião crítica do povo é impedida de manifestar-se livremente por causa dos grupos de pressão, interessados na manutenção de seus privilégios como detentores do Poder, é possível notar os absurdos como esses que estão acontecendo no Brasil hoje.

Em um regime de liberdades plenas e irrestritas como o brasileiro , inclusive a liberdade eleitoral, não parece crível que o lulopetismo tenha conseguido confundir parte da opinião pública do país quando se trata de explicar suas responsabilidades diretas nesses nefastos e vergonhosos episódios de seu período de governo de 15 anos, incluindo aí o buraco negro do governo Temer, que é a mera continuação com parte dos bandos e quadrilhas originais.

Tem sido um feito e tanto, uma ousadia pouco explicável à luz da sociologia e da ciência política, que um agrupamento partidário e seu líder, pilhados pela polícia e pelo aparato judicial do país na montagem de um exército de saqueadores de bens públicos e na maior cruzada de desmoralização moral já infligida à população desde a fundação do Brasil, ainda possa sair à rua e atacar autoridades e suas próprias vítimas. É um cangaceirismo moderno, de viés ideológico, que atemoriza o povo para que ele descrea na força e na ação das instituições públicas, as mesmas que eles corromperam, enlamearam e usaram para um projeto de Poder sem data de validade.

Só há uma coisa para explicar esse fenômeno, esse furacão devastador que não olha para trás a fim de ver a monumental tragédia que causou sobre a terra arrasada de povo infeliz : é que o lulopetismo como organização central do conglomerado criminoso, chefiando os demais bandos e facções, afogou todos os líderes coligados no mar negro da corrupção que se espalhou pelo país, não sobrando um somente para ajudar a refundar a República do pós-desastre.

Tipo Temer, subchefe de todas as malfeitorias da era lulopetista, alçado à condição de líder nacional, cercado da mesma camarilha que vem arrombando os cofres públicos há década e meia, terminou levando muita gente a sentir falta de Lula, o chefe de quadrilha mais popular entre todos os cangaçeiros e beatos do Brasil, mistura de Padre Cicero , Frei Damião, Antônio Conselheiro e Lampião, apaixonado também pelo culto à sua personalidade e às manias de perseguição.

Todas essas figuras comparativas, que amavam a si mesmo mais do que ao próximo, culpavam o cão, os inimigos e as autoridades pelos seus próprios erros e pecados, embora Frei Damião só tenha tido o pecado do atraso na incompreensão dos novos costumes dos novos tempos. Mas se valiam do culto à personalidade para exercer o poder de mando e de cura em favor dos pobres e indigentes nordestinas, escravizando-os em proveito próprio.

Quando o oceano de lama do lulopetismo transbordou e chegou à boca de todos os comensais de carniça da república podre, os petistas passaram a pisar na cabeça de seus cúmplices e os culparam de traição e golpe, fugindo da discussão sobre seus próprios crimes, e puxaram Lula de dentro dos esgotos, porque ele parecia o mais amado e menos ladrão – ou um ladrão deusificado pela gratidão e generosidade dos pobres, e tábua de salvação popular e escudo de proteção de todos os meliantes expostos ao julgamento irado da sociedade.

É assim que um PT gravemente enfermo vem fazendo procissões capengas pelo Nordeste ( região das mistificações históricas ) , conduzindo em andor inseguro e mole um santo de barro flexado por todos os lados e sangrando no corpo inteiro. O lulopetismo, de tantos pecados cometidos e crimes praticados contra a Nação, agravados pela não assunção de culpa e pela ocultação da verdade, vai se transformando aos poucos numa caravana de mancos, feridos da guerra perdida e carregando um ex-herói baleado pelos seus próprios soldados.

Tem-se a sensação de que, agora, quando a mística cede lugar ao realismo, quando a razão triunfa sobre o engodo e o despiste, quando os principais criminosos se abrem, confessam e se rendem, e quando a justiça ganha a luta contra o crime e segrega os delinquentes , que isso já é o começo da reconstrução do Brasil.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: gilvan freire