Duas matérias postadas ontem (03.06.2022) por blogs nos grupos do WhatsApp nos chamaram atenção pela coincidência dos fatos. Alan Kardec, no www.política.com.br, vazou dados de uma pesquisa qualitativa – encomendada pelo MDD – onde o pré-candidato Veneziano Vital do Rego é puxado para baixo quando associa seu nome ao do ex-governador Ricardo Coutinho, a quem já declarou apoio para o Senado Federal.
Lúcio Flávio Veras registrou em seu blog, com fotos, visita “corpo a corpo” no Tambiá Shopping de João Pessoa – literalmente despida de público e entusiasmo – de evento comandado por Veneziano Vital do Rego ao lado dos irmãos Luciano e Lucélio Cartaxo, sem a presença de Ricardo Coutinho(?). Em tese, desprezaram estrela de quinta grandeza, que seria orbitada por esta chapa ainda em formação, encabeçada pelo MDB.
Como tudo passa, as pretensões políticas (moribundas) de Ricardo Coutinho vivem seus momentos de estertores. Foi eleito duas vezes prefeito de João Pessoa, governou a Paraíba por oito anos consecutivos, e antes já havia representado o povo nas Casas Napoleão Laureando e Epitácio Pessoa (Vereador e Deputado Estadual). A política está o abandonando. Será que Veneziano absorveu os dados desta pesquisa, e foi aconselhado a descolar sua imagem de Ricardo Coutinho?
Provavelmente sim. Um dado intrigante da amostra divulgada por Alan Kardec é o fato de Veneziano crescer, quando se apresenta como candidato de Lula. E Ricardo Coutinho, por que não acompanha este mesmo ritmo? Sempre foi Lulista, Dilmista, petista raiz. Esteve no PSB por conveniência, na “garupa” de Eduardo Campos, que lhes deu “estrutura” para eleger-se Prefeito e posteriormente governador – segundo turno- na disputa que arrancou José Maranhão da cadeira e do Palácio da Redenção.
Pedro Cunha Lima, Veneziano Vital do Rego e Ricardo Coutinho continuam pregando no deserto. Em recente viagem a Sousa (PB) faltou quórum na comitiva de recepção ao pré-candidato Pedro Cunha Lima (PSDB). Lula, numa Livraria no Rio Grande do Sul, falando para pouco mais de 100 pessoas, comunicou que o PSDB se acabou.
Veneziano Vital do Rego – ainda sem vice ou companheiro de chapa – viu seu partido (MDB) formalizar a pré-candidatura da Senadora Simone Tebet, com apoio irrestrito do PSDB e Cidadania, que exigirão fidelidade dos candidatos “majoritários”: governadores e senadores. Deputados Federais e Estaduais, não tem como controlá-los. PT não esquece o impeachment de Dilma, apoiado pelo vice Michel Temer (MDB).
Para Veneziano Vital do Rego, uma derrota não o tira do Senado. Entretanto, Pedro Cunha Lima sai prejudicado, perde sua vaga na Câmara dos Deputados. Quanto a Ricardo Coutinho, precisa desesperadamente de uma vitória para o Senado. São oito anos de mandato, com acesso ao STF, onde buscará limpar sua ficha, como o fez Renan Calheiros e tantos outros. Mas, com o isolamento que estão lhes impondo seus correligionários, será suplantado por Sérgio Queiros, que tem ampla estrutura e apoio fidedigno da grande comunidade Cristã (Romana e Evangélica) e colará em Bolsonaro.
E o governador João Azevedo? basta lembrar aquele “porquinho de sorte” sempre apregoado pelo ex-senador Ney Suassuna. Seu desafio é resistir às pressões (canto da sereia) do vice de Lula Geraldo Alckmin (PSB), que vai tentar convencê-lo a formar chapa com o PT de Ricardo. Se por ventura isto ocorrer, será um “abraço de afogados”. Surgirá um fato novo, capaz de unir as oposições, e provocar deserções em suas tropas, já em campo, prontas para o embate.
Fonte: Polêmica PB
Créditos: Júnior Gurgel