O caso de amor e ódio de uma novela da vida real brasileira que, esta semana teve um dos seus capítulos mais comentados, mas que parece ainda estar longe do seu final! Quem diria, hein? Um casamento que parecia tão perfeito e promissor acabou constituindo-se numa relação apenas de ódio, com o governo transformado em uma grande lavanderia de roupa suja! Sim, é exatamente disso que você está pensando que estou falando, a que eu realmente estou me referindo! O namoro (como o próprio Bolsonaro costuma dizer) entre o presidente da república, que parecia sólido e que os levaria a um casamento irretocável, acabou em um divórcio para lá de litigioso! A minha mãe sempre me falou que “dois bicudos não se beijam” e foi exatamente o que ocorreu entre o Capitão e o Juiz!
Mas essa história está longe de acabar. O rompimento entre o fenômeno das fake News e o (até então) todo poderoso da Lava-Jato, ao mesmo tempo em que causou surpresa para muitos, não surpreendeu aqueles que estão de fora desse circo e que já esperavam a força do jogo de egos, onde predomina um outro jogo, o dos interesses! De um lado aquele que teve a sorte – ou a desgraça – de ser o escolhido para representar um ardiloso plano (ainda em curso) que envolveria a retomada de poder de um regime que há muito parecia esquecido e do outro, alguém que do nada caiu nas graças de uma parcela do eleitorado do “um”, se é que me faço entender. O escolhido “Messias” já havia conquistado o mais difícil dos pontos (a eleição) e agora precisava de um reforço para o grotesco time que se montava (um paladino da justiça (?) que parecia escolher suas vítimas a dedo). Mas a verdade é que a pobre nação sequer desconfiava que essa peça de reforço já dera a sua contribuição, bem antes mesmo da escolha do “Messias” tornando-se, assim, o maior responsável pela desagradável escolha eleitoral! Aquele juiz, antes mesmo de ser uma escolha do recém-eleito, já fazia parte desse projeto de desmonte. O chamado de Bolsonaro para que Moro integrasse o seu staff era apenas mera formalidade!
Mas o que o grupo mentor, que mexia com perícia os cordões e pauzinhos não esperava, é que a coisa acabasse fugindo do seu controle e os aparentes enamorados acabassem sentindo-se ameaçados (agora em seus projetos bastantes particulares) e tivessem que promover a separação para a conquista dos próprios objetivos! Complicado, não é mesmo? Mas é o que me parece! Então, o projeto maquiavélico que parecia único, acabou se dividindo em três (mesmo assim não menos perigosos)!
Ao término dessa particular opinião – lá embaixo nos comentários – já estou esperando a ira dos robôs do mito e dos letárgicos e apaixonados do juiz, que irão me aconselhar a não comentar sandices e de que eu deveria pleitear os 600 reais do governo calando a minha opinião como se todos os jornalistas tivessem a mesma índole do gado puxado pelas ventas com argolas e correntes e que fala o tempo todo em combater a corrupção, mas que no fundo, no fundo, adora se dar bem, procurando sempre levar à melhor em qualquer parada! Então, conformem-se que irei continuar dizendo o que acho desse lamaçal todo que afoga o país!
A verdade é que esse namoro durou o tempo suficiente para que o juiz entendesse que a parceria não lhe parecia a altura do seu intelecto (e olha que nem precisa ser juiz para entender isso) e resolveu pular fora! Ora, esse mesmo gado que soube tão bem escolher “isso daí” para comandar suas vidas, pode ser o mesmo gado que acreditou na República de Curitiba e que poderá facilmente se deixar guiar pelo mesmo cheiro do curral a que estão confinados!
Muito fácil! Sergio Moro entrou nesse governo e foi partícipe de tudo de ruim que o Capitão protagonizou durante todo esse tempo em que esteve à frente do ministério da Justiça e que fez parte de todo o elenco montado Bolsonaro para envergonhar o Brasil nesses 15 meses de desmontes e descasos! Moro, no entanto, nunca conseguiu e – jamais conseguirá – justificar, haver saído de uma posição privilegiada como “Senhor da Lava Jato” (acima de tudo e todos) para embarcar num barco furado e agora, mais do que nunca, a deriva, para ser um mero empregado de uma criatura parda e totalmente deslocada para a função em que foi atirado! E não era ele que tinha “uma biografia impecável a zelar”? Mas a prova de que os dois tem o mesmo peso é que, o gado está agora dividido! Talvez, até, fragmentando ainda mais os votos que esperavam açambarcar!
E ninguém acreditava que esse rompimento viesse um dia a ocorrer – pois ninguém havia observado melhor o tabuleiro com a atenção devida – e agora os dados vão rolar com mais afinco e as fichas serão apostadas com maior cuidado por quê o jogo acabou sendo exposto abruptamente! Fraturas expostas e segredos revelados, Bolsonaro se sente acuado e mais contrariado parte para o ataque, defesa e acusações! Afinal, Moro saltou do barco e já caiu atirando para todos os lados, obrigando tomadas de posição até por quem esteve o tempo todo em cima do muro! Agora, sim, em meio as três vertentes formadas (militares dissimulados e perfilados à espreita, um Bolsonaro maldoso, poderoso e desorganizado e a República de Curitiba, comandada pelo juiz Sergio Moro), vai ser um salve-se quem puder! O coronavírus é, sem dúvidas, um forte aliado a tríplice do mal que se alia ás milhares de mortes e infectados pelo país, a uma economia devastada e a um desemprego catastrófico e, pronto, está criada aí a hidra – Besta destruidora de sete cabeças, que agora, mais do que nunca, ameaça riscar o país de uma vez por todas de um mapa maior!
Pensem como quiserem, mas a Democracia precisa ser urgentemente restaurada nesse país! O Brasil vive o caos e que ninguém me venha dizer que esse não é o momento adequado para se falar de política! É isso exatamente o que os “atores” dessa “opereta do fim do mundo” desejam! Eles querem que a confusão seja implantada para que seus ardilosos planos possam ser executados sem maiores obstáculos! Portanto, é sim, esse o momento para que as forças que se opõem ao desmonte do Brasil possam se unir e armar um forte plano de defesa e restaurar a vida do atordoado e enfraquecido povo brasileiro!
E foi exatamente com base nessa estratégia de combate ao sistema de destruição que foi implantado, que deputados do PSB apresentaram, na tarde da última quarta-feira (29), pedido de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro.
“O documento aponta 11 crimes de responsabilidade cometidos pelo chefe do Executivo. Entre os quais aqueles denunciados pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro; contra a democracia e as instituições; e os crimes relacionados à pandemia do coronavírus. Também fundamenta o pedido de impeachment, como Jair Bolsonaro nunca se portou à altura do cargo. Para os socialistas, entre os crimes denunciados por Moro estão as tentativas de interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal e de obstrução de justiça na instituição ao solicitar e ter acesso a relatórios de inteligência para prejudicar apurações em andamento.
O líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon, destaca ser lamentável a apresentação de um pedido de impedimento num momento de crise pelo qual passa o país, quando todos os esforços deveriam estar direcionados ao enfrentamento da Covid-19. No entanto, infelizmente, o comportamento do presidente da República não nos deixa outra saída. Nos omitirmos, diante de tantos crimes de responsabilidade de Bolsonaro contra a saúde, contra a vida dos brasileiros, contra a democracia e contra as instituições nos tornaria coniventes e cúmplices de um governo inconsequente e criminoso. Isso nós no PSB não somos e jamais seremos”, afirmou.
“Em quase 16 meses de governo, 31 representações para tirar Bolsonaro do cargo foram protocolados e desse total, 24 chegaram antes da sexta-feira passada, dia em que Moro provocou um terremoto político”, como destaca o jornal O Estado de São Paulo do último dia 28 de abril. “Cabe ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dar andamento ou não a cada caso. Até o momento Maia não demonstrou intenção de submeter qualquer pedido à apreciação do plenário, responsável por determinar a abertura ou não de um eventual processo de cassação”. Afirma outro jornal!
O que vemos, portanto, é que o Capitão se arvora de ser supremo (bradando aos quatro ventos: “eu sou o presidente”, sou eu que mando) e, assim, afronta outros poderes e instituições sem que sofra qualquer penalidade por isso!
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba