O Amor de Fátima: o gesto de amor e de simplicidade da Desembargadora Fátima Bezerra - Por Gildo Araújo

A Paraíba chorou e ainda sente a dor da partida de um dos maiores homens públicos de sua história. A morte do ex-governador e ex-senador da República, José Targino Maranhão, causou uma comoção incomensurável no meio político paraibano e brasileiro por tudo o que ele representou, essencialmente, na transformação da qualidade de vida do povo paraibano.

Político honrado, conhecido como “Mestre de Obra”, deixa um legado que jamais será esquecido pela memória dos paraibanos, o de ter sido um dos maiores construtores de obras de toda história da Paraíba, foi um exímio gestor.

Durante o seu velório, um fato que chamou atenção desde a chegada a João Pessoa até a Araruna, sua terra natal, foi a expressão de amor e de carinho de sua esposa, a Desembargadora da Paraíba, Fátima Bezerra, que com sua leveza em transmitir um pouco de sua intimidade com Zé Maranhão, fez transbordar ainda mais a todos nós paraibanos as lágrimas pela perda de seu esposo.

O gesto de amor e de simplicidade da Desembargadora Fátima Bezerra trouxe um sentimento que fez renascer em todos nós seres humanos a esperança de que o amor entre as pessoas necessita prevalecer. Em determinado momento do seu discurso, ela proferiu palavras sobre os últimos momentos da vida dele e falou: “Eu disse: ‘meu amor, desapegue. Não olhe para trás. Esse mundo é passageiro. Na terra, só vale para o bem que a gente faz. Eu estou sentindo que uma luz muito bonita está lhe chamando. Essa luz é Jesus. Então por amor a mim, eu lhe peço: não olhe para trás, olhe para frente e dê esse abraço em Jesus, Ele está lhe acolhendo. E quem vai lhe ajudar a vivenciar essa nova vida é Nossa Senhora. Reze comigo essa Ave Maria’. Aí comecei a rezar. No final, quando eu disse: ‘agora e na hora de nossa morte. Amém.’, o coração dele parou de bater”.

Quanta delicadeza, quanto leveza em uma partida tão abençoada.