Algumas pessoas vêm ao mundo com uma missão a cumprir: lutar pelas causas sociais. Dedicam suas vidas ao combate à violência, às questões ambientais, à defesa dos direitos de minorias, à resistência aos preconceitos, à batalha contra as desigualdades sociais, etc. Entram para a história por liderarem ações coletivas de caráter sócio-político. Por isso mesmo ganham a antipatia de outros que divergem de suas posturas em favor do bem comum. Esses idealistas difundem ideias, valores e novas visões do mundo, que exercem uma energia motivadora de luta na coletividade, assustando os que não querem perder seus privilégios e preferem manter um “status” que lhes garanta o exercício da ganância, da ambição desmedida, das injustiças, da opressão, do domínio das elites, em detrimento dos que se colocam na base da pirâmide social.
Seus discursos e práticas estarão sempre na memória do povo, mesmo que os matem ou os encarcerem. Por uma simples razão: não existem balas que assassinem ideias e conceitos, nem grades de celas que aprisionem pensamentos políticos. O grande problema é que esses ideais, esses novos pensares, assumem condições de perigo para outros, e os seus propagadores tornam-se inimigos e ameaças para suas concepções de vida. Há uma frase de Platão: “a ideia que não é perigosa não pode ser chamada de ideia”. A coragem dos idealistas transforma seus divulgadores e praticantes em mártires. No entanto, a semente que plantaram continuará germinando no terreno fértil que a colocaram
Rui Leitão .
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba