Hoje completo 63 anos de vida. E que vida! Uma vida plena, intensa e abençoada. Tenho um grande amor, 4 filhos, uma família maravilhosa, amigos queridos e especiais, enredos incríveis, aventuras espetaculares e muitas histórias pra contar.
Os dissabores não foram poucos, mas eu sobrevivi a todos eles. “Aquilo que não me mata, só me fortalece.” Disse o filósofo alemão Friedrich Nietzsche.
O danado é que apesar do corpo acusar a passagem do tempo, a cabeça ainda está nos 40 ou 25 anos, dependendo do dia.
Todos sabemos o que fazer pra viver muito e ter saúde. Não fumar, beber com moderação, evitar os alimentos ultraprocessados, fazer atividade física, tomar sol, dormir bem, não deixar a balança estourar, amar e ser amado e ter amigos, mesmo que seja apenas um, não importa.
Se eu tivesse que apontar aquilo que mais me entristeceu nessa jornada eu diria que foi a cassação do meu pai pela ditadura militar, quando prefeito de Campina Grande, em 1969. Eu tinha apenas 9 anos mas lembro de tudo. Ainda criança a minha dor maior foi perder o meu quintal, meus amigos, minhas brincadeiras favoritas: bola de gude, soltar coruja, andar de patinete. Naquela época fazia um frio delicioso em Campina Grande. Todos os dias, às 5h da manhã, eu era acordado pra ir tomar leite no “peito da vaca”, num curral perto de casa. O nevoeiro que me levava e o cheiro do curral, me acompanham até hoje.
Da pacata e aconchegante casa da rua Solon de Lucena, fomos ( o poeta, minha mãe Glória e meus 3 irmãos, Cássio, Glauce e Savigny) para o apartamento em São Paulo, daquele que foi o melhor amigo do poeta, Edival Carvalho. Foram tempos difíceis, mas vencemos. Por essa e outras razões é que eu fico em choque quando vejo gente defendendo o retorno dos militares ao poder. Aquela turma ( não vou adjetivar) que, não faz tempo, acampava em frente aos quartéis, era um retrato triste da radicalização burra que vivenciamos nos dia de hoje.
Sou filho de poeta, do poeta Ronaldo Cunha Lima, meu coração é um soneto em construção. As dores são sentidas com mais intensidade, por sorte, o amor também!
E apontar a maior alegria? Resposta difícil de dar. Mas eu diria que foi um acontecimento que mudou a maneira de eu ver o mundo, que me aproximou de Deus, que fez meu coração ser tomado por um sentimento que eu nunca sentira antes.
Depois de 17 anos de relacionamento, no dia 3 de junho de 2023, eu e Roberta nos casamos na igreja. Foi indiscritível! Mágico! Essa mulher, com quem eu tenho dois filhos, é uma benção na minha vida, meu grande amor. Linda, inteligente e uma advogada brilhante; com ela eu aprendo sempre. Nesse dia do meu aniversário, é ela o meu maior presente.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: polêmica paraíba