quem somos nós os eleitores ?

Maranhão, Cássio, Ricardo e Cartaxo......Autocratas, plutocratas e Oligarcas. Nós somos, queremos e aceitamos o que eles ditam - Por Gilvan Freire

Ou seja : nós somos, queremos e aceitamos o que nos está sendo imposto pela nova ordem política ainda em vigor, até que se dilacerem os grilhões que nos prende a esses absurdos, os de sermos não mais do que vassalos em um processo político do qual autocratas, plutocratas e oligarcas decidem sozinhos, encastelados em verdadeiras castas imperiais.

AUTOCRACIA – PLUTOCRACIA E OLIGARQUIA : AS TRÊS FORÇAS PODEROSAS QUE DOMINAM OS ELEITORES NA PB

ENTENDA, segundo explica o dicionário HOUAISS
:
1. AUTOCRACIA – Regime político em que o governante tem
poder ilimitado e absoluto.

2. PLUTOCRACIA – Influência ou poder do dinheiro.

3. OLIGARQUIA – Regime político em que o poder é exercido por um pequeno grupo de pessoas de um mesmo partido, classe ou família.

Acrescente-se a isso, somente como pilhéria para confundir tudo e não ajudar a esclarecer em nada, o significado de democracia, realeza sem trono e vítima de todas as indecências, maus tratos e profanações no Brasil atual : DEMOCRACIA – O governo em que o povo exerce a soberania; sistema comprometido com a igualdade ou a distribuição igualitária de poder.

Simples assim, cabe uma provocação, um exercício básico de conhecimento político, para sabermos como estamos situados relativamente a essas classificações : quem somos nós os eleitores e quem são e como agem os nossos líderes ? Onde está o Poder e quem o exerce de forma absoluta e ilimitada ?

Talvez não precisasse fazer nenhum comentário para saber que estamos tratando da Paraíba, um lugar qualquer no país onde as três classificações imperam em consórcio, supremaciando a vontade e a decisão dos líderes políticos sem levar em consideração a opinião e a soberania dos liderados.

Mas ninguém se afronte demais por conta disso – esse é o retrato cultural de todo o Nordeste na era dos fracassos morais e éticos e da contra-cultura do enriquecimento ilícito e da corrupção que assola o país no setor público, gerando até levante social pela manutenção do status quo e contrário à regeneração dos costumes.

Ou seja : nós somos, queremos e aceitamos o que nos está sendo imposto pela nova ordem política ainda em vigor, até que se dilacerem os grilhões que nos prende a esses absurdos, os de sermos não mais do que vassalos em um processo político do qual autocratas, plutocratas e oligarcas decidem sozinhos, encastelados em verdadeiras castas imperiais.

Na Paraíba, a figura de Ricardo Coutinho é a mais representativa dessas três mazelas juntas que travam o desenvolvimento social e político. É autocrata porque tem poderes ilimitados e governa na base do “ eu sozinho”; é oligarca porque é literalmente dono de um agrupamento ( formado por várias oligarquias – os venezianos, os motas, os maias, etc., – que comanda com mão de ferro à custa do fisiologismo estatal ) ; e é plutocrata porque alimenta os aliados e suas incondicionalidades nas tetas do Erário; ainda tendo de praticar conduta vendada e afronta às leis eleitorais para garantir seu poder de mando.

Cássio Cunha Lima, da mesma geração de RC, embora com melhor trânsito democrático com outras correntes políticas , deixou que a sua oligarquia se expandisse tento que perdeu o controle sobre a família, hoje pulverizada e dividida , mesmo que todos tenham sido sobejamente beneficiados com a sua liderança estadual e com os favores distribuídos em seus dois tempos de governos. Se se libertar do feudo familiar, poderá transformar Pedro em herdeiro político universal, com futuro muito promissor – se não for também tentado a proteger familiares , preterindo aliados mais leais.

Luciano Cartaxo, talvez espelhado no mal exemplo de sucesso de Ricardo Coutinho, adere à autocracia e à oligarquia combinadas, valorizando mais o aspecto oligárquico familiar fechado, correndo o risco de expor a administração pública a ataques predatórios de outros agrupamentos oportunistas. É candidato a plutocrata.

Maranhão é o oligarca mais antigo. Já viu a sua oligarquia se voltar contra si, mesmo tendo sido o maior benfeitor e incentivador dela. Agora , abandonado pelos próprios correligionários do MDB, viciados em tetas governamentais, socorre-se da política de parentela para não naufragar de vez, mas os parentes não cresceram eleitoralmente. Zé, contudo, tem ainda papel nas disputas que se travam nos bastidores entre os novos líderes e chefes supremos, pois em nenhum lugar cabem tantas oligarquias e plutocratas e seus custos financeiros astronômicos.

De qualquer forma, o bonde está em movimento deixando alguns passageiros de fora, repleto dessas celebridades de ocasião. Mas nada que o poder público não possa resolver de um lado ou outro. E nisso não reside o mistério : reside os riscos, inclusive os de grandes perdas. Se não der errado muito antes.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: gilvan freire