Pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Veritá solidifica a posição de João Azevedo no segundo turno, deixando dúvidas sobre o adversário que enfrentará na curta campanha do mês de outubro. N’outras amostragens já divulgadas, realizadas por diversos Institutos, os índices sempre o posicionaram em primeiro lugar.
Grudado no limite da máquina (34,1%) o governador candidato à reeleição aparece sempre à frente do segundo lugar, com folgada vantagem de 12%. Embolados e empatados numericamente (brigando voto a voto) Veneziano e Nilvan Ferreira cravaram 22,2%, se distanciando de Pedro Cunha Lima, que pontuou 15,1% fora da margem de erro.
Restando ainda cinco dias para a eleição, o quadro pode ser alterado até domingo às 17hs, com avanços na busca de consolidação de Veneziano, Nilvan e até mesmo Pedro, que distante 7%, subtraindo a margem de erro e o índice de confiança, pode sorrateiramente entrar na briga pelos votos válidos.
Cruzar a “linha de chegada” vai depender da “estrutura”, disponibilidade de caixa de Veneziano e Pedro Cunha Lima. Ambos têm o comando de suas legendas e o Fundo Eleitoral. Nilvan é o único que conta apenas com o eleitor fiel bolsonarista, o desempenho de seu vice (Bolinha) em Campina Grande, e as bênçãos divinas.
Dos três, as expectativas dos analistas de plantão – que fazem prognósticos apostando numa virada de última hora nas bases comandadas pelas lideranças da “velha política profissional” – Veneziano é o que tem mais “poder de fogo” para mudar o curso da batalha. Sua estratégia será reduzir um pouco a “gordura” de João Azevedo, e atacar as bases de Pedro Cunha Lima. Evitar cair no golpe do “nicho” bolsonarista, onde será abominado pelo discurso petista, colado nas imagens de Lula/Ricardo Coutinho.
Além do Fundo Partidário, Veneziano foi um dos parlamentares que mais alocou recursos na “Emenda do Relator”, vulgarizada pelos seus companheiros da aliança formal PT/PV/PSOL, como “Orçamento Secreto”. Aguarda Ney Suassuna, que tem o “direito de preferência” de dezenas de prefeitos, ex-prefeitos e candidatos a deputado estadual, que a esta altura estão enxergando “miragem” no deserto, à procura de um oásis.
Por citar Ney, ninguém sabe o que se passa por sua cabeça. Talvez tenha decidido entrar na campanha somente no segundo turno, para definir o pleito. Nesta conjuntura, Veneziano terá que se coser com suas próprias linhas, cumprindo em cinco dias os acordos pactuados. Dificilmente os três correrão o risco de serem “achatados”. Apuradas as urnas, a diferença será mínima entre o trio de aspirantes ao governo.
Fonte: Júnior Gurgel
Créditos: Polêmica Paraíba