A Paraíba quer saber quando é que o governador João Azevedo vai anunciar se fica ou se sai do governo. Será que essa procrastinação em não querer anunciar agora de forma antecipada lhe traz algum prejuízo político-administrativo, ou é mera estratégia para se criar especulação e seu nome permanecer na mídia como candidatado e depois desistir da candidatura?
O fato é que esse silêncio só aumenta ainda mais a temperatura dentro de seu arco de aliança política e também na oposição, já que estão esperando qualquer tipo de movimentação dentro do grupo situacionista para melhor se posicionar em termo de candidaturas para 2026.
Aliás, essa indecisão do governador João Azevedo só tende a aumentar o contingente de pré-candidaturas à sua sucessão dentro de seu próprio nicho político, e como se não bastasse o nome de Lucas Ribeiro (PP), que seria o mais lógico, já surgiu também o nome do presidente da Câmara Federal, o deputado Hugo Motta (Republicanos), o nome do presidente da Assembleia Adriano Galdino (Republicanos), o secretário de infraestrutura, Deusdete Filho (PSB), e agora o nome do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP).
Essa estratégia de “empurrar com a barriga” o anúncio de que vai ou não para a disputa poderá trazer vários constrangimentos, inclusive, podendo colocar em risco a sua própria eleição ao senado, como também a reeleição da senadora Daniela Ribeiro que voltou ao Progressistas, já pensando em fortalecer o partido na fusão da federação com o União Brasil e buscar melhores caminhos para a vitória do grupo situacionista.
A grande pergunta é: o que mudaria na posição político-administrativa na Paraíba, caso o governador anunciasse que iria se afastar em abril do próximo ano? Será que não ficaria melhor de identificar os que estão só usufruindo das benesses do governo para depois romper e ir para as oposições? Será que não ficaria mais confortável projetar a eleição de 2026?
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Ou será que é preferível ficar com esses encontros entre o próprio governador João Azevedo com Hugo Motta e Aguinaldo Ribeiro, para aumentar as especulações da própria imprensa até mesmo sobre possíveis rompimentos; o que seria um prejuízo imensurável, já que colocaria em xeque uma possível vitória.
A verdade é que o governador João Azevedo já está passando da hora de tomar uma decisão, pois é preciso que ele tome consciência de que seu mandato está se encerrando, e quanto mais demora no anúncio, mais as oposições vão aumentando seu fôlego político e a coisa pode virar, e aí “Inês estará morta”, entregando o governo às oposições, tudo por causa de muita conversa e pouca ação.
Se o grupo do governador, comandado por João Azevedo, deseja ganhar as eleições, a hora de decidir é essa. Se ficarem só com esses bate-papos, podem se preparar para uma derrota, pois lembrem-se que as oposições em 2022, por pouco não tomaram o poder, mesmo Pedro Cunha Lima entrando para ser candidato em cima da hora. Só reforçando: no próximo ano, não teremos reeleição, e sim, sucessão, isso traz uma diferença enorme. Para um bom entendedor, uma palavra basta.
Quem viver, verá!
Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba
