Opinião

João Campos e Tabata Amaral, como deixar o amor no ar na eleição em que só o ódio vence - Por Marcos Thomaz

João Campos e Tabata Amaral, como deixar o amor no ar na eleição em que só o ódio vence - Por Marcos Thomaz

O AMOR E O PODER!

Definitivamente, o ódio vence.

Vejam vocês, campanha a pleno vapor, xingamentos, sopapos e até cadeira voando na garoa paulista…

Tudo ganhando destaque, sob os holofotes da mídia e redes.

Mas, ninguém, absolutamente ninguém fala que “Love is in the air” também no árido terreno da política brasileira.

Sim, meus queridos eleitores…

Temos um romance à moda antiga entre candidatos a prefeito de duas das maiores cidades brasileiras.

Em São Paulo concorre Tabata Amaral, em Recife, João Campos tenta a reeleição.

namoro entre ambos é público desde muito antes da campanha atual.

Jovens, bonitos, fora dos padrões de perfil político brasileiro.

Quase um namoro de capa de Capricho(referência de velho), não fossem eles políticos!

casal de pombinhos tem passado ileso na eleição, suplantados por “tiro, porrada e bomba” que é o que vende e “é disso que a galera gosta”.

Quer dizer, estavam desapercebidos entre aspas.

Mas, voltaram ao folhetim romântico não pela beleza da fantasia amorosa, mas pela maledicência alheia:

-Coisa de mal-amado- sai em defesa o pombo socialista.

A candidata do Novo e adversária de Tabata em São Paulo, Marina Helena, acusou a pessebista de ter usado jatinho para visitar o namorado em Recife.

Claramente, mais uma daquelas denúncias sem provas, acusações levianas, dispositivo eleitoral apelativo.

VALE TUDO!

Nem é do meu feitio dar ouvidos a má-língua alheia, quiçá fazer eco a calúnia.

Mas, confesso que isto me despertou uma questão que me inquieta há algum tempo.

Gatilho!

Aqueles pensamentos inúteis me invadindo a mente…

Como ficaria o romance de Tábata e João caso ambos se elegessem prefeitos de suas respectivas cidades?

Como vão fazer para manter a chama acesa?

Estaríamos diante de um dilema amoroso com implicações sérias ao futuro da nação?!?!

Duas metrópoles superpopulosas, cheias de problemas, universos caóticos, agenda full-time de gestores, mas, onde fica o lovezin?

Em extensão vale a reflexão sobre aplicação da Legislação Eleitoral em casos assim, do campo romancesco.

DIVISÃO DE “BENS”

João, do clã Arraes, com assombrosos 77% de intenção de votos em Recife, já pode inclusive, ser chamado de “namoradinho do Brasil”, não só da Tábata.

Ninguém bate o jovem em popularidade administrativa e querência.

Realidade diametralmente oposta da amada na paulicéia mais desvairada que nunca!

Tábata patina abaixo dos 10%.

Mesmo sendo a mais limpinha (clean) daquela pocilga eleitoral paulistana, quase alheia a porradaria geral.

Ainda é também a mais novinha, mesmo com a representação da tal mulher do Novo, que é o partido mais velho em interesse.

Enfim, por que, em casos assim, não se cria o dispositivo de doação de votos entre amados de cidades diferentes?

Pensemos: bastava 20% de João para Tábata assumir a liderança em SP e chegar ao segundo turno, onde a mesma exalta que “não perde pra ninguém”.

Já o herdeiro Campos, mesmo “doando a costela” a mulher ainda ganharia fácil no primeiro turno.

Ou quem sabe uma fusão São Paulo-Recife?!?!

A capital paulista herdaria as desejadas praias (com tubarão de brinde)…

Já Recife, enfim, poderia ostentar com propriedade o posto de maior de tudo, em tudo. Teria a megalomania comum referendada, de fato e de direito.

Se Maquiavel já dizia e a gente vive na prática que a “política tem seus próprios valores…” uma concessão amorosa a mais, ou  amenos não vai fazer diferença…

Marcos Thomaz    

*Este espaço é opinativo. As ideias e conceitos neles contidos não representam o pensamento e linha editorial do site, mas refletem a opinião pessoal do autor