Alianças

João Azevedo e Hugo Mota: O Encontro Silencioso que Provoca Especulações - Por Gildo Araújo

Mais uma semana se passa, e a política paraibana segue sendo inusitada. Até agora, evidenciamos as personalidades políticas que gostam dos holofotes, e fazem diversos movimentos buscando um melhor posicionamento, sempre visando formar um melhor grupo para enfrentar o seu adversário. A verdade é que tudo isso faz parte do sistema democrático. Do mesmo jeito que cabe aos analistas fazerem suas especulações e também sugerirem aos leitores as possíveis conjecturas de acordo com as conversações das lideranças políticas.

 

Mais uma semana se passa, e a política paraibana segue sendo inusitada. Até agora, evidenciamos as personalidades políticas que gostam dos holofotes, e fazem diversos movimentos buscando um melhor posicionamento, sempre visando formar um melhor grupo para enfrentar o seu adversário. A verdade é que tudo isso faz parte do sistema democrático. Do mesmo jeito que cabe aos analistas fazerem suas especulações e também sugerirem aos leitores as possíveis conjecturas de acordo com as conversações das lideranças políticas.

No caso específico do encontro realizado entre o governador João Azevedo e o deputado federal Hugo Mota – que também exerce o cargo de presidente do Partido Republicanos na Paraíba –  vê-se que, mesmo já tendo conversado durante os festejos juninos realizados na cidade de Patos, no sertão da Paraíba,  ambos resolveram adotar como estratégia, o silêncio, ou seja, uma forma de criar ainda mais especulações sobre o ocorrido, pois para quem tem uma certa vivência na política sabe que aqueles sorrisos estampados pelos atores envolvidos no encontro, leia-se Hugo Mota e João Azevedo, ainda não existe nada acertado.

O que se pode dizer dentro desse contexto é ainda há muita água para passar debaixo da ponte, pois é público e notório que o clima entre o Republicanos e o Progressistas internamente é muito bastante tenso, e esses desdobramentos poderão terminar em um rompimento político, onde o Republicanos possa vir apoiar outro candidato fora da chapa do governador, além de Efraim Filho, o qual já declarou apoio para o Senado.

O que se observa dentro dessas tratativas é que o entrave do Republicanos não é com a candidatura de João Azevedo, mas com a atuação do Progressistas. Ora, já é do conhecimento de todos que Aguinaldo Ribeiro e seu partido fecharam acordo com o governador João Azevedo para indicar o vice na chapa de João Azevedo.

Isso já é uma questão sine qua non, e já não se discute mais. Agora, sabendo que o Republicanos é um partido que deu apoio político-administrativo ao governador João Azevedo desde as eleições de 2018, resta a dúvida se irá aceitar que, na hipótese de João Azevedo vir a ser reeleito, ver Lucas Ribeiro como futuro governador da Paraíba em 2026, caso seja o indicado pelo Progressistas, que aliás, tem tudo para ser ele, pois além de ser sobrinho de Aguinaldo Ribeiro, é filho da senadora Daniela Ribeiro (PSD), e geopoliticamente é de Campina Grande.

Quem garante que Lucas Ribeiro não irá para a reeleição, já que pode haver o impedimento jurídico de indicação de sua mãe Daniella Ribeiro ou do seu tio Aguinaldo Ribeiro para sucedê-lo? Será que as grandes lideranças do Republicanos como Hugo Mota, Adriano Galdino, Wilson Santiago irão colocar em xeque o futuro político do partido na Paraíba?

Talvez todas essas manifestações de “insatisfação” vindas do Republicanos frente ao governo sejam apenas mais uma forma de barganhar pela participação na chapa de João. Porém, como estamos tratando de política, podemos considerar que tudo pode acontecer, daí se especular, inclusive, que já pode ter havido, ainda dentro dos festejos juninos, um diálogo do Republicanos com o PSDB, mais precisamente, com o ex-governador Cássio Cunha Lima e Pedro Cunha Lima.

Por fim, podemos dizer que até o próximo dia 05 de agosto, prazo final das convenções, teremos ainda grandes surpresas que irão chamar a atenção do povo paraibano. Quem viver, verá!

 

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba