Governo Lula e os Prefeitos: Uma bolha crescente politicamente perigosa - Por Gildo Araújo

A cada dia que passa, se faz notória a gritaria dos prefeitos em relação à queda vertiginosa dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Quem leu nossa coluna “Preocupação à vista: Governo Lula e o impasse com os prefeitos” em agosto passado, observou que de lá para cá as coisas só pioraram e, ao que parece, a tendência é de ir até o fundo do poço, já que muitas das prefeituras terão que exonerar servidores se quiserem se manterem “vivas”.

E não para por aí, no último repasse, houve outro decréscimo. E o pior de tudo é que a grande maioria dos prefeitos votou para eleger o presidente Lula (PT) na eleição passada, o que transforma toda essa situação em algo frustrante.

Agora, uma pergunta que não quer calar, onde estão os parlamentares federais, os quais ao que parece não estão nem aí… ou talvez seja uma forma de manter os prefeitos subservientes às suas pretensões, sempre dependendo de suas emendas parlamentares, o que é uma vergonha.

Na Paraíba, já tem prefeito tendo que se expor, mesmo sabendo das retaliações que lhe podem ser impostas, mas pelo menos está tendo a coragem de gritar em favor da população, pois é ela quem começa a sofrer as consequências de todos esses absurdos que começam a acontecer a partir de Brasília. Esse é o caso do prefeito de Alagoa Grande, Antônio Sobrinho (Progressistas), que esta semana teve vários vídeos seus que viralizaram em todo território nacional, inclusive, onde ele diz que votou no presidente Lula, não se arrependeu, mas que “na época do presidente Jair Bolsonaro vinha muito mais dinheiro para as prefeituras”.

Outra demonstração de aflição em decorrência da queda do repasse do FPM foi tomada pelo prefeito da cidade de Conceição, Samuel Lacerda, que resolveu exonerar todos os servidores comissionados e contratados e ainda cortar as gratificações, até o final deste mês. Uma coisa é certa, a população brasileira está alerta a tudo isso.