delinquentes políticos

FALIRAM TODOS: Os políticos, os gestores e a gestão. Só o cinismo triunfa como arma dos delinquentes - Por Gilvan Freire

O fato é que, pelas vias normais das eleições rotineiras, envolvendo o mesmo padrão de homens públicos dos últimos tempos, que vivem hoje no apogeu da decadência funcional e moral, não pode haver mudança alguma. Eles continuarão mijando na nossa cara e espalhando fezes nos salões nobres da república, aonde nós os mandamos para ocupar lugar de autoridade.

FALIRAM TODOS : OS POLÍTICOS, OS GESTORES E A GESTÃO , A MORALIDADE, OS PRINCÍPIOS E OS BONS COSTUMES. SÓ O CINISMO TRIUNFA COMO ARMA DOS DELINQUENTES DIANTE DA DEVASTAÇÃO GERAL.

Por Gilvan Freire

Ninguém sabe ao certo como o Brasil vai se recompor desses redemoinhos que põem as pessoas em pânico e a sociedade refém dos desmandos e do domínio de grupos criminosos organizados – os plantadores de furacões, cangaçeiros modernos do apocalipse.

Já ultrapassamos todos os limites do intolerável e entramos nos últimos tempos na zona dos massacres coletivos insuportáveis, desses que são impostos pelas tiranias políticas dominadoras e escravizantes, de matiz ideológico.

Os culpados, esses escrachados sem-vergonha, têm nomes e ofícios, são os líderes dessa carnificina moral que vem dominando o país como um feudo degenerado e desafiador, que nem respeita o eleitor nem o voto , nem obedece à lei e ainda faz pouco caso da justiça.

É um banditismo sem precedente nem mesmo nos tempos dos coronéis e das hordas de Lampião e Antônio Silvino, malfeitores de um povo vítima da pobreza secular, do analfabetismo subjugador ( e das desigualdades , injustiças e do medo ) e escravo dos poderosos e das elites exploradoras.

Os políticos fracassaram em todos os aspectos da atuação mandatária. Trairam o voto e desmoralizaram o eleitor, e formaram uma casta que sonega os deveres da representação popular e se coloca a serviço remunerado dos quartéis do crime, formando o mais nefasto e sujo consórcio entre o interesse público e o privado de que se tem notícia na história do país. São agora os caras-pintadas de lama.

É muito provável que o fracasso retumbante que ocorre hoje também na gestão pública, em todos os níveis, contaminada por uma incapacidade de resolução assustadora e envolvida nas mesmas falcatruas e desvios de finalidade que atingem o universo político e partidário, tenha sua origem no ambiente parlamentar, exatamente a área que mais se promiscuiu e que possui maior contingente de bandidos, mas o certo é que esses setores agem em estreita interdependência, um verdadeiro associativismo de combinação ou coalizão.

Vê-se que nem as imensas riquezas do país foram capazes de aguentar os ataques desses grupos saqueadores, e o povo teve de suportar os gigantesco prejuízos causado pelos gestoras desonestos e seus sócios e cúmplices políticos, ora pelo desemprego em massa, pela desassistência do estado, pelos tarifaços extorsivos e massacrantes, ora pelo uso indevido de recursos públicos em projetos pessoais dos líderes, enquanto nem parece que queiram mudar em nada.

Tudo já seria muito grave no âmbito das instituições políticas se não fosse o fato de que o sistema dominante de imoralidades sepultou também os resíduos de republicanismo existentes nas instituições não políticas, como o poder judiciário, que além de reserva garantidora das esperanças coletivas diante das instabilidades democráticas, sempre funcionou como salvaguarda contra os ataques criminosos ao próprio estado e a paz social.

Chegamos a um estado de indigência cultural e politico-moral que todos os desordeiros zombam do judiciário e dos juízes íntegros, e poder e a jurisdição, através de notáveis criminosos togados, dão cada vez mais demonstrações ostensivas de adesão aos conluios, asfixiando os magistrados que ainda resistem em nome da tradição e dos bons princípios.

É de se imaginar que mesmo com as esperanças coletivas tão murchas e abatidas, ante esses festivais de indignidades que fazem da disputa pelo poder uma cruzada contra o país e seu povo, em que criminosos notórios, disfarçados e cínicos, se alternam na gestão pública e tomam de assalto o mando político como propriedade dos organismos da criminalidade, chegue-se a um instante de ruptura, de preferência pela via do voto, mas com a força de uma higienização – uma vassourada destruidora de todo o mal.

O fato é que, pelas vias normais das eleições rotineiras, envolvendo o mesmo padrão de homens públicos dos últimos tempos, que vivem hoje no apogeu da decadência funcional e moral, não pode haver mudança alguma. Eles continuarão mijando na nossa cara e espalhando fezes nos salões nobres da república, aonde nós os mandamos para ocupar lugar de autoridade.

Vamos encarar o novo ano como um grande e definitivo combate, duro, firme, sem trégua, entre os delinquentes políticos e seus assemelhados e nós, suas vítimas revoltadas. Ou eles sobreviverão, ou nós venceremos.

https://www.youtube.com/watch?v=EsaLX0nPYa0

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: gilvan freire