Opinião

Em Campina, só se fala na volta de Romero Rodrigues - Por Gildo Araújo

“Ninguém se perde no caminho de volta, porque voltar é uma forma de renascer”, a frase do escritor José Américo de Almeida é indiretamente cantada e decantada em todos os lugares da cidade de Campina Grande quando se fala sobre as eleições de 2024, principalmente no tocante ao ex-prefeito e atual deputado federal, Romero Rodrigues Veiga (Podemos). 

(Foto: Assessoria)

“Ninguém se perde no caminho de volta, porque voltar é uma forma de renascer”, a frase do escritor José Américo de Almeida é indiretamente cantada e decantada em todos os lugares da cidade de Campina Grande quando se fala sobre as eleições de 2024, principalmente no tocante ao ex-prefeito e atual deputado federal, Romero Rodrigues Veiga (Podemos).

Quem convive no dia a dia com as pessoas, seja nos bairros mais periféricos, ou no tradicional “Calçadão” da rua Cardoso Vieira, percebe que o nome do “Vaqueirinho” de Galante, assim como Romero é tratado pela maioria do povo campinense, parece uma “febre”, pois é falado desde o mais plebeu até os mais intelectuais. E toda essa expectativa em torno da volta de Romero Rodrigues se dá não só por sua excelente performance administrativa, quando deixou a Prefeitura com um índice acima de 90% de aprovação, mas sobretudo por sua espontaneidade, algo totalmente inverso do atual gestor campinense, Bruno Cunha Lima (PSDB).

Sobre Bruno, os populares não se cansam de falar sobre sua arrogância e soberba, o que não coaduna com os princípios da tradicional família Cunha Lima, lembremos do período de Ronaldo, que era tratado como “o poeta do povo”, e Cássio Cunha Lima que era chamado pelo povo campinense de “Cássio Coisa Linda”. Mas, não bastasse todo o acervo de negatividade durante sua gestão, Bruno ainda se soma a tudo isso a união dele com o senador Veneziano Vital, antigo rival político que vinha com um desgaste político incomensurável, que aliás, terá muito trabalho para se reeleger senador da República em 2026, apesar de adotar uma política mais municipalista.

A verdade é que o povo campinense não digeriu as milhares de demissões provocadas pelo prefeito Bruno Cunha Lima, transparecendo “uma sede de vingança” com os mais humildes que irão demorar para conseguir um novo emprego, medida que até o Tribunal de Contas do Estado (TCE) passou a investigar. Para piorar ainda mais a imagem do gestor campinense, veio o fechamento da rua Lino Gomes, próximo ao Parque Evaldo Cruz, onde está sendo realizada uma obra, mas que uma para parte da população tem sido constrangedor devido à falta de aviso prévio nos meios de comunicação da cidade.

Diante de todos esses percalços da administração de Bruno Cunha Lima para o povo, o que resta saber é se o deputado Romero Rodrigues irá anunciar sua possível candidatura a prefeito de Campina Grande. Pela demora de uma reaproximação de Romero com o grupo do prefeito Bruno, mesmo com a renomeação da irmã do deputado Tovar Correia Lima (PSDB), Lorena Alves Correia Lima, que ocupa um cargo comissionado desde 2013, está mais do que evidenciado que há conversações sim, entre o grupo do governador João Azevedo (PSB) em Campina Grande, capitaneado pelo grupo Ribeiro e por toda a oposição.

Até março, as especulações em torno do nome de Romero Rodrigues serão enormes, tendo em vista a impaciência do povo campinense com a atual administração, que até parece algo surreal diante dos absurdos que a população vem assistindo, e que até têm sido repercutidos na imprensa, como foi recentemente noticiado pelo Estadão de São Paulo.

Por fim, vemos que os caminhos para a reeleição de Bruno continuam sendo bastante tortuosos, ao contrário de Romero Rodrigues, cujo desejo tem nascido dos anseios do povo de Campina Grande. O cavalo selado não passará em vão desta vez, pois o “vaqueirinho” de Galante já está à espera para montar, é só uma questão de tempo.

Será uma campanha histórica, como sempre foi em Campina Grande.

Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba