Ao observar todos os cenários políticos das eleições de 2026, notamos um fato curioso que deve ser analisado pelos comentaristas políticos e, essencialmente, pela população: o futuro político do senador Veneziano Vital do Rêgo Segundo Neto (MDB).
O fato é que, mesmo fazendo parte da base de apoio do presidente Lula no Congresso Nacional, onde tem carregado diversos recursos para a Paraíba, especialmente para sua terra Campina Grande, Vené tem tido uma aliança bastante consistente com os maiores adversários do Governo Federal em seu Estado, inclusive, aliando-se com políticos que são da ala “Bolsonarista”, o que pode colocar sua reeleição em risco.
A grande pergunta que não quer calar é: Por que o senador Veneziano Vital não se alia ao grupo que defende o governo Lula na Paraíba? Até o momento, só possui, de forma garantida, a vaga do governador João Azevedo (PSB)? Se levarmos em consideração que o projeto é de uma manutenção de governo mais progressistas, observa-se que, com a desistência do deputado Hugo Motta (Republicanos) em disputar o senado, e que a senadora Daniela Ribeiro (PSD) deve abdicar da sua vaga para ver o filho, Lucas Ribeiro (Progressistas), governador da Paraíba, caso João Azevedo deixe o governo, seria muito mais cômodo para o senador Veneziano Vital ser o segundo candidato do grupo progressista na disputa para o Senado Federal, porém, observa-se que essa sua estratégia de se unir com o centro direita e a direita mais radical poderá trazer muita insegurança em seu projeto de reeleição, já que sofrerá ataque de diversos partidos ligados ao Presidente da República, principalmente do Partido dos Trabalhadores, o qual poderá tratá-lo, mais uma vez, como “traidor”, quando Vené votou a favor do Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, no fatídico dia 31 de agosto de 2016, uma mácula até hoje não foi esquecida pelos esquerdistas.
Sabemos que em política existe de tudo, mas esse apoio incondicional de Veneziano a Bruno Cunha Lima (União Brasil) em Campina Grande, Ruy Carneiro (Podemos) em João Pessoa e sua decisão de não apoiar Cícero Lucena (Progressistas) no segundo turno, contra o bolsonarista Marelo Queiroga (PL), poderá haver ainda muito mais desdobramentos, cujos reflexos virão na hora da decisão de escolha dos candidatos ao Senado.
Só lembrando que apenas três senadores paraibanos conseguiram sua reeleição: Rui Carneiro (1950, 1958, 1966, 1974); Argemiro de Figueiredo (1954 e 1962) e Humberto Lucena (1978 e 1986).
A verdade é que o senador Veneziano Vital vai precisar de muita articulação e estratégia política para sua reeleição. Se conseguir, será um grande feito, mas da forma como está o cenário atual, está cada vez mais complicado.
Quem viver, verá!