Opinião

Eleições 2024: Romero Rodrigues vai trair o seu povo? - Por Gildo Araújo

A política é a arte do diálogo, por isso muitos líderes escutam o seu povo, seus correligionários, e baseado nisso, tomam suas decisões sempre coadunando com o pensamento homogêneo da maioria que lhes têm admiração.

Romero Rodrigues - (Foto: Assessoria)
Romero Rodrigues - (Foto: Assessoria)

A política é a arte do diálogo, por isso muitos líderes escutam o seu povo, seus correligionários, e baseado nisso, tomam suas decisões sempre coadunando com o pensamento homogêneo da maioria que lhes têm admiração.

No caso específico do deputado e ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (Podemos), observa-se a cada dia uma indefinição incomensurável, o que muitas vezes provoca em seus aliados certa inquietação, já que não desejam votar novamente no atual prefeito da Rainha da Borborema, Bruno Cunha Lima (União Brasil).

Talvez o parlamentar campinense esteja adotando uma estratégia inspirada na teoria do grande filósofo Aristóteles que define liderança como “a busca pela excelência através da moderação e da capacidade de encontrar a medida certa em todas as ações”. Dentro desse contexto, há de se entender que Romero Rodrigues esteja aguardando o momento certo para anunciar sua candidatura, já tão propagada em todos os recantos de Campina.

Aliás, quem conhece Romero sabe que sua postura em tratativa política sempre foi com muita moderação a ponto de causar desconfiança, como está acontecendo nesse momento, quando ele usa a imprensa e praticamente desqualifica a fala do deputado Tovar Correia Lima, seu principal escudeiro político, quando declarou às emissoras de rádio na semana passada que Romero Rodrigues iria anunciar até o dia 15 de junho se seria ou não pré-candidato à Prefeitura de Campina Grande.

O ex-prefeito campinense, infelizmente, tergiversou quando disse que não teria data para o anúncio e até ironizou. A verdade é que sua fala pegou muito mal, principalmente, para os que estavam aguardando com expectativa uma palavra de esperança; e foram frustrantes também as pequenas frases proferidas de uma liderança da estirpe de Romero Rodrigues.

As perguntas que pairam no ar neste momento são: O deputado Romero Rodrigues vai se utilizar das mesmas práticas de outrora, quando alimentava a esperança de um povo e depois omitir-se? Caso desista de sua possível candidatura, por que tanta demonstração de insatisfação com o governo Bruno, ou seja, queria só barganhar? Se não desejava ser candidato, porque abrir diálogos com seus adversários políticos? Por que até agora o deputado Romero Rodrigues não foi transparente em suas falas junto ao grupo do governador João Azevedo e principalmente ao seu eleitorado?

Será que o parlamentar não sabe que retroceder agora será um ato de covardia, e que colocará em jogo toda sua exímia trajetória política? Caso desista, qual grupo partidário terá coragem de fazer qualquer tratativa política com Romero no futuro? Até o texto Bíblico do Apocalipse, Capítulo 3, Versículo 16 diz: “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca”.

É preciso levar a política mais a sério, pois mexe com o sentimento de um povo que hoje está acompanhando tudo em tempo real e, qualquer falha, viraliza na internet, o que é muito ruim. Não temos dúvidas de que frustrar a esperança de uma população, a qual deseja vê-lo novamente prefeito de sua cidade, significará o seu sepultamento político em Campina Grande e em toda a Paraíba, pois soará para a população como um ato de covardia. E “a covardia é a virtude dos fracos” (Rafael Couri Rolim).

Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba