Jamais um grupo oposicionista esteve tão apático quanto o que estamos presenciando nestes novos tempos na Paraíba. Parece que as novas lideranças políticas estão em extinção ou mesmo quase dizimadas. Foi-se o tempo, na Paraíba, em que as rivalidades chegavam até mesmo dentro de nossos lares. O tempo passou e o que resta ainda hoje são alguns protagonistas oriundos de um clã político cuja ambição é a resistência de quererem, a todo custo, se perpetuarem no poder, o que lembra as velhas capitanias hereditárias.
Depois das eleições de 2022, o que mais se observa no grupo oposicionista de João Pessoa é contendas internas, a começar pelo próprio PL (Partido Liberal) o qual montou uma estratégia de tirar de Nilvan Ferreira qualquer possibilidade de candidatura, e sedimentou a postulação do outsider Marcelo Queiroga, desarticulando todo projeto para eleições de 2024 e 2026 em João Pessoa e em todo o Estado, respectivamente.
Outro grave problema enfrentado pelas oposições na Paraíba, foi a recente condenação dada pela justiça paraibana ao deputado Ruy Carneiro (PSDB). Essa sentença gerou desgaste na sua reputação e já tomou conta das redes sociais; talvez, não dê mais tempo para recuperar essa mácula que ficou implantada em seu currículo, tendo em vista que se trata de uma condenação, em pese o direito de seguir recorrendo pelos seus direitos.
Já em Campina Grande, a segunda maior cidade em densidade eleitoral da Paraíba, o que ainda resta de oposição ao Governo do Estado é o grupo do governo local comandado por Bruno Cunha Lima (UB), que depois da união com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), distanciou-se do deputado federal e ex-prefeito Romero Rodrigues (Podemos), e vem “sangrando” politicamente, cujos reflexos poderão ser fatais, tendo em vista que além de não vir realizando uma gestão que agrade à população, já perdeu a maioria dos vereadores na Câmara Municipal, isso tem repercutido de forma negativa junto à população campinense por clamar pela volta de Romero Rodrigues à frente da Prefeitura.
A verdade é que todo esse acervo de problemas, só tende a agravar-se se levarmos em consideração que pode haver uma união do ex-prefeito Romero Rodrigues com o grupo do governador na Rainha da Borborema, e aí as oposições degringolarem de forma irreversível.
Enquanto isso, o bloco situacionista que é comandado pelo governador João Azevedo (PSB), vive um céu de brigadeiro, que apesar de algumas diferenças, continua coeso e com planejamento de quem sabe que o caminho é mais uma vitória esmagadora na capital e nas cidades do interior paraibano, inclusive, em Campina Grande.
Quem viver, verá!