política na Paraíba

Eleições 2022: Os Erros Estratégicos do Grupo “Ribeiro” - Por Gildo Araújo

A família Ribeiro tem notoriamente uma grande influência política na Paraíba. E alguns podem se perguntar: de onde vem toda essa influência? Qual a origem? Bom, respondemos que data de 1974 quando Enivaldo Ribeiro se elegeu deputado estadual pela primeira vez pela ARENA (Aliança Renovadora Nacional), e dois anos depois de sua posse teve de renunciar, pois havia sido eleito prefeito de Campina Grande (1977).

A família Ribeiro tem notoriamente uma grande influência política na Paraíba. E alguns podem se perguntar: de onde vem toda essa influência? Qual a origem? Bom, respondemos que data de 1974 quando Enivaldo Ribeiro se elegeu deputado estadual pela primeira vez pela ARENA (Aliança Renovadora Nacional), e dois anos depois de sua posse teve de renunciar, pois havia sido eleito prefeito de Campina Grande (1977). De lá pra cá, o clã Ribeiro tem se destacado nas sucessivas vitórias obtidas através do destacável deputado Aguinaldo Ribeiro, da senadora Daniella Ribeiro e de Lucas Ribeiro, atual vice-prefeito de Campina Grande.

É incontestável a liderança do grupo Ribeiro que hoje comanda o Partido Progressistas (PP) e o Partido Social Democrático (PSD). Todas essas ascensões políticas galgadas são advindas da inteligência política de Aguinaldo Ribeiro, que com sua perspicácia já chegou até ao cargo de Ministro das Cidades.

Porém, nos parece que nestas eleições de 2022 são visíveis os erros estratégicos na condução da possível postulação de Aguinaldo ao senado federal, pelo menos até o momento.

Desde quando se mostrou interessado em se lançar pré-candidato, o deputado Aguinaldo Ribeiro, talvez subestimando os seus possíveis concorrentes, estava usando uma linguagem comum às práticas políticas antigas, de que as discussões para esse tema só aconteceriam no tempo hábil, ou seja, nas portas das eleições, o que permitiu aos seus prováveis adversários a darem início aos diálogos com as mais variadas lideranças, assim como fez o deputado Efraim Filho, que paulatinamente vem deixando o próprio Aguinaldo asfixiado politicamente.

A prova desse avanço de Efraim Filho tem sido o grande número de lideranças políticas de diferentes partidos que votam com o governador João Azevedo, ou mesmo com Pedro Cunha Lima, Veneziano ou Nilvan Ferreira, mas declaram voto a Efraim Filho; até o possível vice na chapa do governador, Adriano Galdino (Republicanos), já disse que seu compromisso para o senado é com Efraim.

E para apimentar ainda mais a situação, ainda veio a senadora Daniella Ribeiro, em cima da hora, tirar o PSD de Romero Rodrigues, o que não soou bem para a população campinense. Daniela ainda usou da oportunidade para declarar que era oposição ao governador João Azevedo, o que trouxe bastante insegurança aos correligionários de João Azevedo.

Para completar outro erro estratégico, que no nosso ponto de vista a família Ribeiro vem cometendo, basta ver o discurso que o deputado Aguinaldo Ribeiro fez durante evento do PP na semana passada em João Pessoa, quando disse: “Eu não vou pra canto dividido ou terreiro dividido, esse reino não prospera. Tudo tem que ser feito com unidade. Se tiver unidade, eu tenho convicção de que nós vamos ter sucesso…”. Nesta sua fala, coloca o governador João Azevedo em situação complicada, já que não conta mais com o seu ex-aliado, Efraim Filho que já bateu o “martelo” com Pedro Cunha Lima.

Mesmo sabendo da inteligência e da capacidade que o deputado Aguinaldo Ribeiro possui, percebe-se de forma clara que há uma indecisão em suas pretensões, daí ele ainda não ter distribuído seu espólio político com os aliados, e isso tem causado um certo desconforto dentro da sua própria base eleitoral.

O reflexo dessa indecisão foi a desistência de Nobinho Almeida, prefeito de Esperança, quando não quis renunciar o mandato para a disputa por uma vaga na câmara federal. É preciso que o parlamentar use nesse momento sua capacidade aglutinativa e se posicione em relação a sua postulação ao senado, do contrário, não dará tempo de acompanhar o ritmo frenético de seus concorrentes que já estão percorrendo a Paraíba juntos. Toda essa morosidade já fez o governador perder Efraim Filho, um antigo aliado, e agora corre o risco de não ter o próprio Aguinaldo Ribeiro, pois já se especula a sua desistência na disputa ao senado federal, criando mais um problema para a formação da chapa do governador João Azevedo, de forma que só restará o Republicanos para buscar uma composição.

Por fim, vemos que está mais do que na hora do grupo Ribeiro reavaliar todas as estratégias adotadas nesse momento de negociação e dizer se aceita ou não ser o companheiro de chapa do governador João Azevedo, pois o tempo urge e exige definições rápidas já que as eleições deste ano serão extremamente acirradas. Quem viver, verá!

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba