Opinião

Eleições 2022: Disputas para o Governo e Senado seguem indefinidas - Por Gildo Araújo

Dois fatos têm chamado bastante atenção nessas eleições de 2022 na Paraíba. O primeiro é a disputa para o Senado Federal, cujo acirramento entre os principais concorrentes está sendo emocionante, ainda mais, depois do indeferimento da candidatura do ex-governador Ricardo Coutinho (PT). E o segundo fato é quanto ao 2º turno nas Eleições para o Governo do Estado, que segue uma incógnita.

 

Dois fatos têm chamado bastante atenção nessas eleições de 2022 na Paraíba. O primeiro é a disputa para o Senado Federal, cujo acirramento entre os principais concorrentes está sendo emocionante, ainda mais, depois do indeferimento da candidatura do ex-governador Ricardo Coutinho (PT). E o segundo fato é quanto ao 2º turno nas Eleições para o Governo do Estado, que segue uma incógnita.

Quanto ao Senado, depois que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) indeferiu a candidatura de Ricardo Coutinho, a cada dia que passa, Efraim Filho (UB) e Pollyanna Dutra (PSB) ganham mais musculatura política, e até já ameaça a possível candidatura de Ricardo, mesmo se houver um posterior deferimento por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), dado a escassez de tempo para se recompor.

Para se ter uma ideia, nas últimas pesquisas apresentadas pelos mais diversos Institutos de Pesquisa na Paraíba, já se observa um empate técnico entre Efraim Filho e o próprio Ricardo, em que é fácil verificar um crescimento acentuado do candidato do União Brasil e uma razoável queda nos percentuais de Ricardo Coutinho.

Notadamente, essa reação de Efraim Filho nas pesquisas mais recentes é oriunda de uma visão da ala mais conservadora do Partido Liberal (PL), que já observou que a candidatura de Bruno Roberto (PL) já começou a se esvaziar e não se vislumbra mais a mínima chance de disputar com os seus concorrentes; daí já adotarem o chamado voto útil para Efraim Filho e até para Pastor Sérgio Queiroz (PRTB).

Do lado mais esquerdista, vê-se que a candidata Pollyanna Dutra (PSB) também vem procurando ocupar essa importante lacuna deixada (temporariamente) por Ricardo Coutinho (PT), junto ao eleitorado do ex-presidente Lula, já que muitos deles não acreditam mais na possibilidade de Ricardo se tornar elegível. E assim, para não correr o risco de perder o voto, alguns começaram a migrar para Pollyana Dutra que com muita parcimônia vem crescendo nessa capilaridade do chamado voto útil da esquerda.

Mesmo restando tão pouco tempo, vemos que ainda “muita água passará por debaixo da ponte” e que nada ainda está decidido para o Senado da República na Paraíba, e que só saberemos quem ganhou quando as urnas forem abertas e divulgados os resultados.

Quanto ao Governo do Estado, outra grande incógnita é o segundo turno das eleições estaduais, pois o que se sabe até agora é a quase certa presença do governador João Azevedo no segundo turno. E que ele (João) aguarda com ansiedade quem será o seu adversário para a disputa final, pois mesmo Veneziano (MDB), Pedro Cunha Lima (PSDB) e Nilvan Ferreira (PL) terem amplas chances de disputar com o governador João Azevedo, se levarmos em consideração do ponto de vista das últimas pesquisas, a disputa poderá ser com Pedro Cunha Lima.

E a explicação é simples: existe um favoritismo da geopolítica, já que em Campina Grande e região, Pedro tem uma ligeira vantagem sobre os seus participantes da disputa, pois há um contingente considerável de eleitores que ainda votam na tradicional Família Cunha Lima, e isso é um fator preponderante.

Outro ponto a ser considerado é que seria bastante difícil ver duas candidaturas esquerdistas (Veneziano e João) numa disputa de governo estadual, embora não seja impossível.

Diante de tudo isso, levando em consideração que o governador João Azevedo vem tendo uma diferença de 15% a mais com relação ao seu concorrente mais próximo, significa dizer que, em um eventual segundo turno, dificilmente alguém poderá lhe alcançar, dada a exiguidade do período eleitoral que será de apenas 28 dias, ou seja, a primeira votação do primeiro turno será no dia 2 de outubro e o segundo turno dia 30 de outubro. Se permanecer com essa diferença, só um fato gravíssimo pode tirar a vitória de João Azevedo.

De modo geral, vemos que até o próximo dia 2 de outubro  existe uma tendência natural do acirramento e das cizânias políticas, mas vencerá aquele que conseguir convencer o maior número de eleitores, pois “os dias prósperos não vêm por acaso, nascem de muito trabalho e persistência” (Henry Ford). Daí a importância de se buscar o voto até o último minuto antes do encerramento das eleições. Que ganhe o melhor. Quem viver verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba