Vendo o crescimento substancial da pré-candidatura do Deputado Federal Efraim Filho ao Senado da República, coincidência ou não, desde do dia em que escrevemos a crônica, cujo título foi “A Paraíba vota assim: o Senador é Efraim. Será?” A pré-candidatura do deputado federal Efraim Filho tem tomado rumos impressionantes, pois cresce de forma vertiginosa a ponto de colocar pressão para que outros possíveis concorrentes ao Senado Federal declarem suas postulações ao mesmo cargo.
Durante este final de semana, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro anunciou à imprensa paraibana sua pré-candidatura ao Senado Federal numa tentativa de conter o avanço do jovem e habilidoso Efraim Filho. Esse anúncio abrupto feito por Aguinaldo Ribeiro tem muitas variantes nas entrelinhas, uma delas é o de “amarrar” o apoio enfático do prefeito pessoense Cícero Lucena, o qual foi eleito pelo Progressistas, partido do próprio Aguinaldo.
Quiçá essa orientação de lançamento da pré-candidatura de Aguinaldo Ribeiro ao Senado Federal tenha partido do próprio Cícero Lucena numa estratégia política de aproximação do grupo Ribeiro com o governador João Azevedo.
Entretanto, numa avaliação mais ampla junto a João Azevedo, essas tratativas de escolhas entre Efraim Filho e Aguinaldo Ribeiro a preço de hoje, não temos dúvidas de que a opção do grupo do governador seria por Efraim Filho que tem sido leal desde campanhas passadas, e principalmente agora que conta com o apoio do senador Veneziano Vital do Rêgo presidente da MDB na Paraíba.
A verdade é que, para que o deputado federal Aguinaldo Ribeiro possa vir a figurar numa possível chapa governista para o próximo ano, só se for na sombra do prefeito Cícero Lucena que detém uma hegemonia muito forte em João Pessoa e carrega consigo um conhecimento e experiência imensurável da política paraibana, já que foi governador do Estado e Senador pela Paraíba.
Dentro desse arco de aliança partidária que vem sendo construído pela equipe do governador João Azevedo, seguindo as mesmas diretrizes políticas das eleições passadas, caberia uma negociação com Aguinaldo Ribeiro numa chapa para a disputa de senador? Será que nessas alturas do campeonato, com Efraim Filho demonstrando toda sua capilaridade política, com vários apoios de deputados, prefeitos, vereadores e lideranças políticas, Efraim seria escanteado por seu próprio grupo juntamente com os senadores Veneziano Vital e Nilda Gondim, além do ex-governador Roberto Paulino? Porque se assim for, sem sombra de dúvidas seria caracterizado como “fogo amigo”.
Outro ponto que pode pesar negativamente para Aguinaldo Ribeiro é o posicionamento da senadora Daniella Ribeiro, sua irmã, que faz uma oposição ferrenha à atual gestão do governador João Azevedo… a não ser que se peça um “voto de silêncio” para a senadora campinense.
Diante de todos esses cenários, vemos que o grupo governista deverá ter muito “jogo de cintura” para unir esse conjunto de forças políticas numa chapa majoritária onde só possuem três vagas: Governador, Vice-governador e 1 Senador. Pelo que se projeta para o deputado Aguinaldo Ribeiro, dentro do grupo governista, só mesmo a sombra e a força do prefeito Cícero Lucena que goza de grande prestígio junto ao governador João Azevedo para tornar Aguinaldo Ribeiro seu companheiro de chapa na condição de Senador da República nas eleições do próximo ano.
Lealdade e aglutinação, ou adesão e confusão? A decisão será de João.
Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Gildo Araújo