A eleição da Assembleia Legislativa da Paraíba será extremamente importante para as pretensões do partido Republicanos este ano, pois há uma necessidade estratégica de se manter numa posição de barganha, já que vai ter que negociar as mais variáveis conjunturas políticas nas próximas eleições; daí o interesse de seus protagonistas em quererem a todo custo assumirem a direção do Poder Legislativo.
Esse comando da Casa Epitácio Pessoa proporcionará uma força incomensurável no momento das articulações, pois além de ser uma fonte de muitos recursos financeiros, oferece mais proximidade com os demais parlamentares, colocando uma certa frenagem nas articulações da Família Ribeiro durante o período eleitoral de 2026.
Sobre os Ribeiros, visualiza-se que há amplas chances de Lucas Ribeiro vir a assumir a gestão estadual com uma possível saída do governador João Azevedo no meio do ano de 2026, o que poderá fazer com que o deputado Aguinaldo Ribeiro e a senadora Daniella Ribeiro assumam certa supremacia no Governo da Paraíba, fato que lhes daria amplas condições de realizar diversas movimentações quanto aos acordos políticos com as lideranças políticas do Estado, principalmente com os prefeitos municipais.
E são essas movimentações que assustam o Republicanos, pois caso venham a acontecer, sem que eles estejam no Poder da Assembleia, poderia deixar o partido praticamente fora das discussões junto ao Governo, tendo que forçosamente fazer uma aliança com as oposições, fato que pode não ser nada bom para os republicanistas. Sem o apoio dos governistas, o caminho do Republicanos torna-se tortuoso.
Diante de tudo que observamos, nota-se que as eleições recém realizadas parecem ter deixado uma lição de inovação de que é preciso planejar desde já a próxima eleição, pois como diz Mahatma Gandhi: “Nas batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer”, e é isso que podemos considerar no presidente do Republicanos, o deputado Hugo Motta, que é apontado como um dos próximos candidatos ao governo da Paraíba, ou mesmo, ao senado federal.
A verdade é que mesmo ainda de forma incipiente, toda essa formatação do Republicanos tem um alvo já direcionado, a rivalidade com o grupo Ribeiro, que tem sido um “calo” nas negociações do partido, essencialmente junto ao governo.
Pelo decorrer do tempo, vê-se que há um futuro muito nebuloso entre esses dois grupos, porém, sabemos que a política é bastante dinâmica, e poderá ter bastante desdobramento. Como diz Fernando Sabino: “No fim tudo vai dá certo, e se não deu certo, é porque ainda não chegou ao fim”.
Vamos aguardar, pois no meio de todo esse percurso até 2026 ainda teremos as eleições de 2024, quando poderemos ter uma melhor avaliação sobre as perspectivas de 2026. Quem viver, verá.
Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Gildo Araújo