Embora não fosse um sentimento majoritário, tornou-se quase unânime entre articulistas políticos e na imprensa nacional, a ideia de que ocorreria uma deterioração irreversível nas relações entre a Presidência da República e o Supremo Tribunal Federal (STF).
O ápice de tal tensão, diziam os mais pessimistas, ocorreria após os atos marcados para o último dia 7 de setembro, quando milhões de pessoas saíram às ruas para apoiar o Governo Federal num momento de tensão institucional.
Uma voz dissonante, porém, ecoou em entrevista no último dia 23 de agosto, à rádio Arapuan FM, em João Pessoa: o secretário de Relações Institucionais do Gabinete da Procuradoria Geral da República, o subprocurador-geral da República Eitel Santiago, em uma fala otimista, mencionou a existência de um diálogo entre as instituições, que culminaria numa ambiência de pacificação.
Em meio a tantas vozes negativas, que falavam na possibilidade de um suposto “golpe”, ele se colocou no sentido oposto, revelando, na ocasião, sensatez e equilíbrio.
“Eu não devo falar de uma crise institucional em concreto. O que devo dizer é que para um bom funcionamento do Estado Democrático é importante que as tensões entre os órgãos detentores das funções da soberania do Estado sejam solucionadas de forma tranquila, sem muita tensão. Acho que o país vivencia um amadurecimento da sua democracia e se espera que as autoridades se entendam e encontrem um entendimento”, declarou.
Quando poucos acreditavam no arrefecimento da crise e tampouco na retomada de um diálogo, Eitel cravou que os diálogos já ocorriam naqueles dias, e que seriam decisivos para a diminuição da temperatura em Brasília. Soou como uma profecia. “Esses desentendimentos podem ser solucionados tranquilamente dentro de conversações que, penso, estão em curso”, acrescentou.
No dia 7, enquanto a população se manifestava e parte da imprensa e da política via a preparação para uma suposta ruptura, o que ocorria na verdade era mais um passo para a retomada do diálogo. Mais do que necessário, pelo bem comum. “Cada um no seu quadrado e dentro da limitação da Constituição. Não há poder absoluto em canto nenhum. Numa democracia, soberano é o povo”, lembrou Eitel na entrevista.
Antes do dia 7, muitos não acreditavam num desfecho diferente do que fora traçado pelos profetas do caos. Mas a recente ‘Declaração à nação’, publicada pelo presidente Jair Bolsonaro, com aceno importante ao Supremo Tribunal Federal (STF), mostrou que a razão recaiu sobre o ‘profeta do diálogo’: o paraibano Eitel Santiago.
Que esse entendimento entre as instituições amadureça e dê frutos, pelo bem da nação, de seu povo e do futuro verde e amarelo. De todas as cores brasileiras.
A SEGUIR, OUÇA TRECHO DA ENTREVISTA DE EITEL SANTIAGO NA ARAPUAN:
https://www.youtube.com/watch?v=gny0kbj_9Hg
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Felipe Nunes