Opinião

E agora, Romero? Vai para a disputa ou vai se enterrar politicamente? - Por Gildo Araújo

E agora, Romero? Chegou a hora, e já não tem mais como adiar a sua indecisão. Talvez toda essa procrastinação se deva a diversas questões

Romero Rodrigues - (Foto: Assessoria)
Romero Rodrigues - (Foto: Assessoria)

E agora, Romero? Chegou a hora, e já não tem mais como adiar a sua indecisão. Talvez toda essa procrastinação se deva a diversas questões e avaliações internas de sua postura política, inclusive, dentro do próprio seio familiar, onde envolve o clã dos Cunha Lima, o qual ele faz parte, pois é primo de Cássio, o ainda líder do grupo político comandado pelos Cunha Lima em Campina Grande.

Observa-se que essa demora na decisão de Romero Rodrigues (Podemos), em declarar se seria ou não candidato a prefeito de Campina Grande, não foi só em face do seu distanciamento político, diante da aproximação de Bruno Cunha Lima (União Brasil), com o senador Veneziano Vital (MDB), mas foi sobretudo pela repercussão que haveria dentro da própria família, tendo em vista a quebra de paradigma dentro da tradicional família Cunha Lima em Campina Grande.

Porém há de se entender que de tanto se sentir escanteado, de não ser valorizado politicamente dentro do próprio grupo, de ser visto como um coadjuvante e não como um protagonista, e por todos os seus gestos e atitudes, parece que o deputado Romero Rodrigues, desta vez, disse não à “genuflexão” política de seu antigo grupo e, de agora em diante, passa a ter a sua identidade própria, atrelada apenas aos seus ideais, e daí buscar outros horizontes onde lhe vejam como uma importante liderança capaz de unir não só Campina, mas a Paraíba.

Essa sua candidatura tem outro ponto importante dentro da nova formatação política do Estado: sua credibilidade diante da classe política.

Depois de todos esses ensaios de que seria candidato, com conversas entre várias lideranças, e mais, as pesquisas dando demonstração de que o povo campinense lhe quer de volta para governar a cidade e ficar alheio a tudo isso, tornar-se-ia um político cediço, que ninguém mais o queria ao seu lado.

Ao fim e ao cabo, vemos que para alegria geral da democracia e para o povo campinense, o “Vaqueirinho de Galante” vai dizer sim, e irá para disputa nessas eleições. A prova inconteste foi o anúncio do seu partido, Podemos, quando anunciou a sua convenção para o próximo dia 5 de agosto. Agora sim, a eleição de Campina ganhará emoção e o povo escolherá quem deverá governar a cidade pelos próximos quatro anos.

Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba