Os Ricardos e a crise no governo
Da convivência próxima e de confiança à uma relação em ruínas
A relação turbulenta e já adoecida entre o deputado Ricardo Barbosa e o governador Ricardo Coutinho foi parar no hospital, literalmente.
Antes de baixar na Unimed e ser levado às pressas transferido para o Memorial São Francisco, sob suspeita não confirmada de um infarto, Barbosa extravasou o coração.
Vomitou as mágoas e abusou dos limites de suas coronárias. Pegou dos adesistas, colegas ‘caluniadores’, ao próprio governador, e atirou no peito esquerdo do discurso da política salarial do governo.
Não poderia ter escolhido um dia pior. Lá no plenário, a votação da MP que suspendeu o reajuste. Na galeria, representantes dos servidores.
Na fala e nas expressões, um Ricardo Barbosa abalado em suas emoções, dando sinais de um acúmulo de dissabores e sensações de traições a serem expelidas, sob pena de um colapso.
Em Brasília, de longe, mas devidamente informado, um Ricardo, o Coutinho, que não perdoa esse tipo de ‘afronta’. De pronto, sem reunião de partidos e nem de deputados, a nomeação: Buba Germano volta ao posto. E um recado com figurino sob medida: esse é leal, respeitoso e sincero.
O que restava da convivência entre os dois, bicudos ao extremo, já tem diagnóstico: estágio terminal.
Pra quebrar o…
Ao terminar a angiografia coronária, o médico Ítalo Kumamoto brincou com Barbosa: “As coronárias estão melhores do que na hora do aborrecimento”.
…Clima
Alertado pela Unimed-JP, Kumamoto, diretor do Memorial São Francisco, para onde Ricardo foi transferido, chegou a cogitar um cateterismo.
Tudo…
Se depender do núcleo duro da articulação do governo, Barbosa deve ser convidado a deixar a bancada de situação por uma questão pedagógica.
…Nada
Se depender da vontade e do parecer do presidente da Assembleia, Adriano Galdino, haverá entendimento e superação da crise.
Fonte: Maispb
Créditos: Heron Cid