A Paraíba e o Brasil vêm assistindo um dos piores momentos da história de nossa capital, João Pessoa. Considerada uma das mais belas cidades do País, nos últimos tempos, vem recebendo um elevado contingente de turistas que vêm para desfrutar de suas belezas e terminam por permanecer residindo junto com seus familiares.
No entanto, observa-se que há uma certa ambição por parte das autoridades do município em liberar diversas construções de forma desenfreada, principalmente, à beira mar, o que poderá trazer diversos prejuízos ambientais para o futuro de nosso povo.
Tudo isso nos remete a uma frase criada há 200 anos antes Cristo pelo dramaturgo romano, Plauto, quando disse: “Homo homini lupus” (O homem é lobo do homem”, que mais tarde foi popularizada pelo filósofo Thomas Hobbes na obra “O Leviatã”. O que pensa o prefeito Cícero Lucena e sua equipe de secretários? Será que vale a pena abrir mão do futuro de nossa população para atender os anseios de empresários milionários cujo objetivo é só visar lucros e dividendos?
Outra pergunta que não quer calar: será que esses estudos realizados para a autorização dessas construções têm o aval de alguma de nossas Universidades? Trocar a nossa deslumbrante natureza, presente divino, por um pacto com grandes empresas. Até parece algo inusitado. Por que ainda não resolveram o caso da invasão da comunidade denominada “Dubai”, algo que se arrasta a mais de ano.
Talvez a engorda das praias e as construções faraônicas chamadas “pé de areia” sejam mais interessantes, já que sempre é mais difícil realizar sonhos de quem é mais humilde. E tudo isso pode depender de uma série de ações até chegar ao ponto de entrega das casas para as famílias. A propósito, esses hotéis privados a beira mar podem no futuro tornar o seu entorno privativo só aos hóspedes, o que poderá ser mais uma decepção para a nossa gente que não terá mais o direito de ir e vir.
Notícias Relacionadas
Opinião
PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: A Igreja de Lourdes, a João Machado e o Palácio do Governo - Por Sérgio Botelho
A pesquisa memorial faz a gente se deparar com informações não imaginadas. É o que me aconteceu, ontem, ao ler a edição de 27 de novembro de 1940,
Opinião
Futebol no Brasil, um atentado ao esporte - Por José Nêumanne Pinto
É óbvio, que a nossa capital, assim como toda a Paraíba, precisa de vários investimentos e não de exploração, pois o que vem causando indignação aos paraibanos e pessoenses, é que estão tentando destruir o nosso principal patrimônio histórico, a terceira cidade mais antiga do Brasil, a nossa bela capital. O resultado de toda essa sanha serão as ressacas e as inundações das águas do mar no entorno da orla, como tem acontecido em vários lugares do litoral brasileiro. Inclusive, podendo ter vidas ceifadas, o que será um caos para toda a população de João Pessoa e da Paraíba, já que a capital é um centro de grande aglomeração de várias cidades interioranas, daí a preocupação ser generalizada.
Como diz a música de Roberto Carlos “As baleias”: “ Não é possível que você suporte a barra. De olhar nos olhos do que morre em suas mãos. E ver o mar se debater o sofrimento e até sentir-se um vencedor neste momento…Seus netos vão te perguntar em poucos anos, pelas baleias que cruzavam oceanos. Que eles viram em velhos livros, ou nos filmes dos arquivos, dos programas vespertinos de televisão. Como é possível que você tenha coragem, de não deixar nascer a vida que se faz, em outra vida que sem ter lugar seguro, te pede a chance de existência no futuro..”
A nossa sugestão é que o prefeito Cícero Lucena, que mesmo tendo recebido o apoio do Partido Republicanos neste domingo, deve urgentemente tomar as providências cabíveis, pois do contrário irá receber manifestações de vários lugares do Estado, o que poderá colocar em jogo seu futuro político, pois como se sabe, a oposição deve vir com muita força, e decisões como essa podem lhe custar muito caro. Quem viver, verá!
Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba
