Noventa dias antes das eleições de outubro próximo (2022), o Congresso Nacional aprovou “pacote” de medidas para combater a recessão instalada no planeta, desde a pandemia do COVID-19. Inimaginável. O conjunto de benefícios oferecidos à população vulnerável do país, é um ato de socorro do presidente Jair Bolsonaro – candidato à reeleição – cujos efeitos positivos serão colhidos a partir de agosto, ensejando-lhes um forte discurso, difícil de ser rebatido por seus adversários.
Temendo enfrentar mais de 145 milhões de eleitores, as duas Casas Legislativas flexibilizaram, com receio de reação radical, alicerçada na antipatia deixada pelas gestões de Rodrigo Maia (Câmara) e David Alcolumbre (Senado). Excederam-se nas sabotagens para inviabilizar um governo eleito por 58 milhões de votantes. Ignoraram 128 Projetos Leis oriundos das promessas de campanha de 2018, desejos da população. Bolsonaro era para estar mais impopular que Temer, Dilma ou Geraldo Alckmin.
Até 2014, nenhum governo resistiria a 20 minutos do Jornal Nacional, com matéria sendo repercutida em O Globo, Estadão; Folha; Veja; IstoÉ. Bolsonaro suportou por três anos e meio a impiedosa, insana e brutal “pancadaria”. O malogrado plano de usarem – mais uma vez – os Institutos de Pesquisas para desestimular seus seguidores, aumentou a fúria de parte expressiva da população, que se sente traída, até pelo STF. Até a Igreja Católica – fora de questões políticas/partidárias desde 1965 – está fazendo campanha pró-Bolsonaro. Os evangélicos? A maioria é esmagadora, não absoluta. O Brasil tem raízes Cristãs, conservadoras, desde sua Independência.
O Congresso, STF e a mídia tradicional, não perceberam que o mundo mudou rapidamente, pela gigantesca expansão da Cibernética, deixando-os para trás. O povo não tinha noção dos superpoderes do STF, apesar de sua Emissora de Televisão transmitir seus trabalhos. Hoje, todo brasileiro é Advogado e Doutor em Direito Constitucional. Citam artigos, parágrafos e incisos da Constituição Cidadã de 1988, questionando as decisões das Cortes Superiores de Justiça, amplamente debatidas com paixão – semelhante a do futebol – no Facebook, Telegram; Twitter; Instagram…
Foi este o “ninho” que acolheu Bolsonaro (redes sociais) exposto pela grande mídia nacional, para ser devorado pela velha política profissional, na selvagem “savana” do Congresso Nacional. Dezenas de manifestações – boicotadas pela grande mídia – foram realizadas com sucesso nas ruas de todo o país (últimos três anos), defendendo temas tão polêmicos e intrigantes, como a Reforma da Previdência, que mexe diretamente com o futuro do próprio cidadão trabalhador. Despertaram na população um adormecido sentimento passional – origem latina – quando “vitimizaram” o presidente.
A PEC que propõe a redução e cobrança isonômica do ICMS (17%) sobre o preço dos combustíveis, foi aprovada por 71 dos 81 Senadores, com um único voto contra, o do Senador de São Paulo José Serra, no ocaso de sua vida pública. O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, prometeu ao Senador Jorge Kajuru, convocar o Ministro Alexandre de Morais para se explicar sobre seus atos monocráticos. Por outro lado, o General Girão (Senador pelo Ceará) aprovou na CCJ a convocação de Barroso, Fachin e Alexandre de Morais, onde serão “inquiridos” sobre suas decisões intempestivas.
A Câmara dos Deputados, sensível a ouvir de seus experientes “veteranos”, habilmente vem tentando abrandar a ira do povão, elencando como culpado o STF. Na hora do “salve-se quem puder”, uma PEC está sendo apreciada nas Comissões Temáticas, cujo teor limita os poderes do STF, e até suas sentenças, que terão que ser ratificadas em plenário pelo Congresso. Determina ainda, o tempo de permanência dos Ministros na Suprema Corte, fixando seu período em 08 ou 09 anos. No seu bojo, derruba a PEC da bengala.
O povo despertou para retomar o que lhes é de direito: a escolha de seus representantes e governantes. Isto é Democracia… Parlamentares que desejarem renovar seus mandatos, aceitem as exigências da maioria dos eleitores, que de fato e de direito, são seus legítimos empregadores.
Fonte: polêmica paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba