Opinião

Com a chegada de Veneziano ao Grupo Cunha Lima, Romero Rodrigues fica ou sai? - Por Gildo Araújo

Quem acompanha a política campinense tem observado que gradativamente o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) vem cedendo espaço e já acena sobre a possibilidade da presença do grupo do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) em seu governo; algo que até pouco tempo o próprio gestor campinense dizia que era apenas especulação, mesmo toda Paraíba sabendo que o senador Veneziano Vital estaria enviando diversos recursos para a administração de Campina Grande, inclusive, sendo o principal articulador junto ao senado federal na aquisição de um empréstimo no valor de R$ 260 milhões com o Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fontplata).

Foto: Internet

Quem acompanha a política campinense tem observado que gradativamente o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) vem cedendo espaço e já acena sobre a possibilidade da presença do grupo do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) em seu governo; algo que até pouco tempo o próprio gestor campinense dizia que era apenas especulação, mesmo toda Paraíba sabendo que o senador Veneziano Vital estaria enviando diversos recursos para a administração de Campina Grande, inclusive, sendo o principal articulador junto ao senado federal na aquisição de um empréstimo no valor de R$ 260 milhões com o Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fontplata).

Não foram à toa os diversos encontros de Bruno Cunha Lima com o senador Veneziano Vital em Brasília. E a verdade é que diante de todo investimento que o senador campinense tem enviado para Campina Grande, o prefeito Bruno Cunha Lima parece já ter se convencido de que a chegada de Veneziano ao grupo não tem mais o que se discutir, só faltando as nomeações de alguns aliados de Veneziano para participar oficialmente do governo de Bruno.

Até aí está tudo bem. A adesão de um senador da envergadura de Veneziano é indubitavelmente uma aquisição fenomenal do ponto de vista estadual. Entretanto, dentro da conjuntura local, é evidente que se cria fissuras internas com os aliados do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos).

Aliás, as declarações do administrador campinense no último fim de semana à imprensa paraibana, quando denominou de “mimimi” as especulações sobre possível “racha” com o ex-prefeito Romero Rodrigues, inclusive dizendo que “é gente procurando chifre em cabeça de cavalo”, tem nitidamente um tom de preocupação, pois ninguém mais do que o próprio Bruno sabe que se Romero Rodrigues deixar o seu grupo político, dificilmente ele (Bruno) se reelegerá prefeito de Campina Grande em 2024, pois quem mora e vive em Campina Grande sabe que o deputado federal Romero Rodrigues é a maior liderança da cidade, basta ver a sua votação na eleição do ano passado quando obteve mais de 70 mil votos.

A grande pergunta que os campinenses fazem é: como Romero Rodrigues e seus aliados irão absorver a presença de Veneziano em um mesmo grupo? Em Campina, já se comenta há muito tempo que parte dos correligionários de Romero pediram para que ele se livrasse dessa dependência dos Cunha Lima, dentre eles está o ex-deputado estadual, Moacyr Rodrigues, irmão de Romero.

O fato é que, com a chegada de Veneziano Vital ao grupo Cunha Lima, observa-se que, mais uma vez, Romero Rodrigues poderá ser pretérito como especula-se que foi quando insinuou ser candidato ao governo da Paraíba no ano passado, onde ele teve que desistir para dar o lugar para Pedro Cunha Lima, o que deixou muitos campinenses insatisfeitos, pois pretendia vê-lo disputando a eleição de governador.

Diante de tudo isso, vemos que uma possível saída de Romero Rodrigues do grupo Cunha Lima, “não é chifre em cabeça de cavalo”, e sim, uma realidade, já que dentro dessa possível conjuntura que estão querendo formar em Campina Grande, mais uma vez, Romero poderá sofrer mais uma amarga decepção, e frustrar o seu eleitorado novamente.

Será que já não está na hora de Romero dar um grito de liberdade e mostrar toda sua pujança política em outro grupo? Será que Romero não teria possibilidade de dar voos mais altos, ao invés de ficar sempre com a mesmice de ser um “reserva de luxo” de sua equipe? Como diz a música de Ronnie Von: “A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores e o mesmo jardim…”. Acredito que nesse momento, talvez fosse melhor se inspirar na composição que fez tanto sucesso no carnaval do Rio de Janeiro em 1989 pela Imperatriz Leopoldinense: “Liberdade, liberdade, Abre as Asas sobre Nós” (Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir).

Por fim, torcemos para que o convite formulado pelos Republicanistas, Adriano Galdino e Murilo Galdino, possa trazê-lo mais esperança de futuro, e quiçá a certeza de disputar novamente a Prefeitura de Campina Grande e costurar uma possível candidatura ao governo da Paraíba. Seja qual for a decisão, Romero Rodrigues continua sendo o político mais cobiçado do momento, tendo em vista que com sua postura política, a qual não cria aresta com ninguém, hoje é quem decide qualquer eleição, principalmente na cidade de Campina Grande, onde se for candidato a prefeito será praticamente imbatível, mesmo sem a máquina da gestão sob seu comando. O “Mago” é forte.

Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba