CIRO É UM CAVALO MARINHO EM QUE O LULOPETISMO ACADÊMICO BRASILEIRO PRETENDE MONTAR PARA RESGATAR LULA DO FUNDO DO MAR REVOLTO
Por Gilvan Freire
Não há mais recurso legalmente previsto para salvar a candidatura de Lula, a fim de que o lulopetismo híbrido e multicor possa concluir a sua obra de decomposição do país.
Desde o aloprado juiz-vassalo Favreto, em Curitiba, que pôs uma tarja estrelada vermelha na toga preta para render culto de submissão a criminosos políticos de sua jurisdição, até meliantes intelectuais da esquerda internacional abrigados no conselho de direitos humanos da ONU, recursos já foram esgotados objetivando por à pique as prisões da Lava-Jato, exatamente o que sobrou de confiável no aparelho judicial/prisional brasileiro.
Na Suprema Corte do Brasil, onde orbitam magistrados que Lula escolheu sem levar em consideração os superiores méritos jurídicos e morais, aos quais chamou publicamente de covardes, a metade de seus membros se mela quando o PT faz coro a Lula e sai derrubando portas com chicanas processuais afrontosas ao regime recursal comum ; e ainda hesitam quando é para subir as calças e recompor a toga, até demonstrando que a criminalidade política se ali não começa, ali também seguramente não haverá de terminar.
E quanto mais o judiciário nacional se apequena e se fragmenta, mais a criminalidade das elites dirigentes se agiganta, de sorte que por causa da agonia e morte da deusa da Justiça, em sentido oposto criminosos são canonizados, impedindo que a nação se soerga do caos e da tragédia a que foi arrastada pela ação de delinquentes engravatados em concluio, situados no topo da pirâmide dos poderes.
Deflagrados agora os processos de beatificação e canonização de santos espúrios, não estarreceria que a CNBB ( Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ), uma das células do lulopetismo que nunca levantou a sua voz contra o mar de lama que varreu o país nos quatro pontos cardeais, enderece um habeas corpus ao Vaticano, perante o tribunal canônico, para tirar Lula do cárcere, em reconhecimento aos milagres que fez pelo povo em companhia de notório malfeitores, os mesmos criminosos que disputam as atuais eleições em nome do beato protetor, já elevado pela crendice popular ignóbil à condição de messias.
Afora o HC romano, sobra ao lulopetismo a expectativa de que a máscara de Lula possa eleger outro chuchu paulista, o Haddad, que o povo paulistano refugou nas eleições de 2016 quando o santo protetor não estava fazendo mais milagres nem mesmo para si próprio.
Desconfiados de que o messianismo e a idolatria de laboratório possam ser de curto alcance, embora ainda sejam capazes de mexer com cérebros confusos como o do ministro Fachim, os lulopetistas mais céticos baseados no campo acadêmico começam a trocar figurinhas com a candidatura de Ciro Gomes, a partir da constatação de que ela encontra sinergia no eleitorado nordestino. Mesmo que Lula prefira um adorador a um candidato a deus nos domínios interioranos onde finca sua seita regional.
O cavalo marinho, todos sabem, parece com um equino, mas é peixe. Tem majestosa cabeça de cavalo, e crina, mas só nada. Tem dois olhos independentes, cada um olhando para um lugar diferente ao mesmo tempo – uma excentricidade, se não for um dom de sagacidade e esperteza. Comparativamente, Ciro Gomes é um mas parece com vários e olha para vários lugares ao mesmo tempo, mas termina nem sendo equino nem peixe, embora pareça um anfíbio : que é da terra e do mar a um só tempo, tudo por conta de suas camuflagens camaleônicas de sobrevivência.
Mas, mesmo diante dessas características tão díspares e inconfiáveis de Ciro, não menos contraditórias que a hibridez lulopetista, ele pode ser o cavalo marinho adestrado para tirar Lula do fundo lamacento do oceano e fazê-lo retornar à superfície das águas agitadas. Com o risco dele ser atingido pelos arpões envenenados de caçadores dos mares.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: gilvan freire