CARTAXO E RC APONTAM OS CANHÕES PARA CÁSSIO E MARANHÃO . JÁ HÁ ESTRAGOS À VISTA . SE AS VÍTIMAS NÃO REAGIREM, MORRERÃO DE VÉSPERA COMO PERUS ANTES DO NATAL
Guerra se ganha com poderio bélico e uma boa estratégia. Sem armas ofensivas e táticas corretas, a guerra vira mera briga ou brincadeira de amadores, desinteressante até mesmo para quem ganha. É tão-somente troca de sopapos, algo meio tribal.
As disputas políticas têm das duas coisas, guerra e briga. Mas há pelos menos uma arma poderosa que não resolve a parada sozinha : a vaidade, porque ela atira mais contra o próprio atirador e fere de morte a estratégia.
A sucessão na Paraíba em 2018, é guerra mortal pura, tanto bélica quanto tática, coisa de profissionais e não de amadores. Quem entrar nela só com a vaidade , vai virar cedo alvo de balas, candidato a defunto precoce. E a guerra já foi deflagrada antes de se ouvirem com nitidez os primeiros estampidos. Está ainda na fase surda.
Cássio e Zé Maranhão conversam amiúde querendo recuperar os territórios perdidos em outras batalhas, inclusive naqueles em que se enfrentaram vis a vis, ou naquelas em que serviram de bucha a canhões alheios. Pensam em recuperar se unindo, mas agora grande parte de seus exércitos está sob ordens de novos comandantes, que têm as armas que os dois já tiveram e não têm mais.
As armas de Zé e Cássio são trabucos comparadas com as armas e munições de RC e Cartaxo. E a vaidade dos dois, já baleada noutros confrontos recentes, parece ser uma arma mortal apontada contra eles próprios. Além do mais, seus exércitos estão minguando. Sobrará o recurso da estratégia, se a vaidade deles não deixar que dê chabu também.
Semana passada, Luciano foi a Patos e recebeu o apoio de Dinaldo e seu filho, o prefeito, além de lideranças do entorno, precisamente o maior território cassista do estado fora do compartimento da Borborema. Habilmente, Cartaxo criou a expectativa de que do grupo pode sair o vice de sua chapa. Matou Cássio a pau, sem uso de arma bélica, somente usando uma boa tática.
Nessa terça-feira, RC foi também a Patos e recebeu o apoio explícito dos Mota, juntamente com mais 13 prefeitos do PMDB, hoje o maior território eleitoral do partido de Zé Maranhão no Estado. Matou Zé a porrete, sem precisar usar uma única arma sequer de seu imenso arsenal bélico, mas apenas manejando uma boa estratégia do Poder que já vem exercendo sobre os líderes regionais do PMDB.
RC está desfiliando Veneziano do PMDB e botando no DEM, para enfraquecer ZÉ e aumentar seu poderio de fogo em Campina contra Cássio, território onde não fincou raizes nem possui aliados de peso. Enquanto isso, Luciano tem um vice do PMDB que tem compromisso com ele e não com Zé.
Ou seja : ainda não foram disparados os morteiros e canhões mais devastadores e Maranhão e Cássio já estão sitiados, correndo o risco de morrerem de véspera à falta de balas, munições ou ao menos uma tática inteligente e correta, vitimados pela vaidade que dispara fogo contra os inimigos mas retrocede para ferir quem disparou.
Anotem : ou Cássio e Maranhão compreendem rápido que não são mais os líderes que já foram antes, e se compõem com os novos líderes emergentes, detentores da preferência dos eleitores mais jovens, ou serão varridos da vida pública , sem que sobre vaidade ou ambição, só ex e nada mais. É tempo de somar exércitos, e não de dividi-los. Já tem Peru cantando os seus últimos glugluglus, se não for salvo pelo gongo.
Fonte: POLEMICA PARAÍBA
Créditos: gilvan freire