Opinião

Campina Grande: Gestão Bruno Cunha Lima em “Xeque-Mate” Político - Por Gildo Araújo

Desde o término das eleições realizadas recentemente, que o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSDB), vem anunciando que fará uma reforma administrativa em sua gestão, só que há diversas especulações sobre uma possível participação de alguns aliados do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) virem a figurar na lista dos nomes que serão anunciados brevemente, embora que o Chefe do Executivo campinense tenha negado.

Foto: Internet

Desde o término das eleições realizadas recentemente, que o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSDB), vem anunciando que fará uma reforma administrativa em sua gestão, só que há diversas especulações sobre uma possível participação de alguns aliados do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) virem a figurar na lista dos nomes que serão anunciados brevemente, embora que o Chefe do Executivo campinense tenha negado.

Segundo o próprio prefeito Bruno Cunha Lima, ele só falou com o senador duas vezes desde o processo eleitoral, num tom meio que se esquivando das articulações existentes, o que deixa margem para diversos comentários especulativos, ou seja, como não fosse aceitar nenhum aliado de Veneziano, o que na nossa opinião não é de bom alvitre para o gestor campinense que deveria ser mais transparente em sua fala.

Aliás, nessa mesma entrevista à imprensa de Campina Grande (16/12), Bruno sequer citou o nome do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) como um dos protagonistas políticos para tecer alguma opinião sobre a reforma administrativa, ele limitou-se a dizer apenas que iria conversar com Pedro Cunha Lima (PSDB) e Romero Rodrigues (PSC).

A verdade é que o prefeito Bruno não vem tendo o mesmo desempenho administrativo desenvolvido pelo seu antecessor, Romero Rodrigues, que quando gestor deu uma nova dinamicidade à economia da cidade e também na transformação social, valorizando sobretudo as camadas menos favorecidas na implantação de diversas políticas públicas de inovação, principalmente, na educação e saúde, fazendo com o que os bairros recebessem grandes investimentos estruturais, e proporcionando uma maior igualdade de oportunidades para sua população.

Infelizmente, esse ritmo não vem se repetindo na atual gestão do prefeito campinense, que vem absorvendo diversas críticas da população, pois até agora não realizou uma obra estruturante na cidade, o que tem irritado muitos moradores da cidade que acreditaram em uma administração de progresso deixada por Romero Rodrigues. Um dos fatores que mais tem trazido reclamações da população campinense são os projetos para a cidade que ainda não saiu do papel, pois só falta dois anos para o final da sua gestão e o que foi prometido, a exemplo da reforma do Parque Evaldo Cruz (Açude Novo), não foi cumprido.

Outro ponto prometido e não cumprido foi a reforma do antigo Cinema Capitólio, onde o que se vê são vários camelôs ambulantes tomando conta do local, assim como o Hospital da Criança que mesmo o prefeito Romero Rodrigues tenha deixado praticamente pronto em sua estrutura física, o prefeito campinense não deu continuidade, pois alega que são necessárias várias modificações específicas, já que tem que atender aos padrões exigidos.

Mesmo com todas essas pendengas administrativas para resolver, o gestor campinense ainda enfrenta outro problema ardoroso que é no campo político, pois terá uma outra missão espinhosa: tentar conciliar o ex-prefeito campinense e deputado eleito Romero Rodrigues (PSC) com o senador Veneziano Vital, já que é do conhecimento de toda classe política campinisense da existência de arestas entre esses dois protagonistas da política campinense e paraibana.

Diante de tudo isso, vemos que até o final de seu Governo, daqui a dois anos, o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, enfrentará diversos desafios tanto no campo administrativo quanto no político, pois qualquer erro daqui pra frente poderá ser fatal e aí abrir amplas possibilidades das oposições vencerem as eleições de 2024, já que vem muito forte, tendo em vista que poderá vir, inclusive, com a senadora Daniella Ribeiro na cabeça de chapa com o apoio de toda máquina do governo estadual, e quiçá, o próprio Romero Rodrigues, sendo o grande favorito, pois em política tudo pode acontecer. Vamos aguardar todos os desdobramentos do que irá acontecer na política campinisense, que tem reflexos diretos na sucessão estadual em 2026. “É difícil não ter medo do futuro, quando o presente segue sem perspectiva” (Julihu Cunha). Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba