Opinião

Bruno Roberto e Marcelo Queiroga em 2024: Duas Candidaturas sem musculatura política - Por Gildo Araújo

Hoje, mais uma vez, valho-me do grande filósofo Sócrates quando diz que "Quanto mais sei que sei, menos sei que sei”. Todos sabemos que o Partido Liberal (PL), o qual pertence o ex-presidente Jair Bolsonaro, que mesmo sendo derrotado, obteve uma grande margem de votos no País nas eleições de 2022, porém na Paraíba amargou uma derrota fragorosa.

Foto: Internet

Hoje, mais uma vez, valho-me do grande filósofo Sócrates quando diz que “Quanto mais sei que sei, menos sei que sei”. Todos sabemos que o Partido Liberal (PL), o qual pertence o ex-presidente Jair Bolsonaro, que mesmo sendo derrotado, obteve uma grande margem de votos no País nas eleições de 2022, porém na Paraíba amargou uma derrota fragorosa.

No entanto, o candidato Nilvan Ferreira (PL), que foi candidato ao Governo da Paraíba, saiu vitorioso em João Pessoa com 31,10% dos votos, ou seja, 131.187 votos, demonstrando que já possui um eleitorado bastante consistente na capital paraibana. Inclusive, nas eleições de 2020 chegou a disputar o segundo turno com o atual prefeito Cícero Lucena, quando perdeu por uma pequena margem de votos levando em consideração o número de eleitor que possui João Pessoa. Na ocasião, Cícero recebeu 75.610 votos, o que representa 20,72% dos votos válidos, enquanto Nilvan obteve 60.615 votos, o que representa 16,61%. (Dados do TRE).

Outro candidato do PL que se saiu muito bem em João Pessoa na eleição de 2022 foi o deputado federal Cabo Gilberto Silva, sendo o mais votado da capital, além dele, teve também o deputado estadual Walber Virgolino (PL). Sobre Walber, é interessante tomar nota sobre a entrevista dada à jornalista Sony Lacerda, publicada neste domingo, em que disse “O PL poderia me expulsar”, e foi mais além: “Não preciso de partido para me eleger, não preciso de dinheiro de partido. Tenho um eleitorado fiel que só exige que eu tenha postura. Se a postura de ‘Brasília’ não me agrada, não vou acompanhar”.

Pois bem, depois de todo esse imbróglio contextualizado, agora veja a situação inusitada que está acontecendo no PL paraibano, onde mesmo com todo esse acervo de bons prováveis candidatos que o Partido Liberal possui para uma disputa eleitoral em João Pessoa ou em Campina Grande, o senhor Bruno Roberto, ex-candidato ao Senado, derrotado na eleição passada, disse em entrevista essa semana ao jornalista Luís Torres, na TV Arapuan, que as candidaturas de seu partido (PL), às Prefeituras de João Pessoa e Campina Grande poderão ser decidida pela direção nacional, ou seja, de cima para baixo.

Durante sua participação no Programa, ele sequer falou qual seria o critério da escolha, se por uma pesquisa, ou até mesmo empurrada de goela abaixo. A verdade é que colocar uma candidatura imposta nunca deu certo em lugar algum, ser amigo do líder não significa vitória, pois numa democracia a escolha tem que ser do povo.

Com todo respeito que devemos ter ao nobre cardiologista e ex-ministro da saúde, Marcelo Queiroga, mas em se tratando de política pessoense, caso venha a ser candidato, poderá se submeter a uma grande frustração em sua trajetória, tendo em vista o quadro político de João Pessoa que já está bastante recheado de grandes pré-candidaturas, como o deputado federal Ruy Carneiro (PSDB) e Pedro Cunha Lima (PSDB), a deputada Cida Ramos (PT) ou Luciano Cartaxo (PT), do Pastor Sérgio Queiroz (PRTB), além do próprio Cícero Lucena.

Em Campina Grande, não será diferente. A possível candidatura de Bruno Roberto será mais um vexame, tendo em vista que ele não possui musculatura política para enfrentar o grupo do prefeito Bruno Cunha Lima e quiçá o de Romero Rodrigues, além do agrupamento do governador João Azevedo que deverá vir muito forte, principalmente, se a senadora Daniella Ribeiro for candidata.

Talvez toda essa estratégia seja mais uma tentativa de querer barganhar uma vice, o que também será uma missão árdua. Está mais do que na hora do Partido Liberal realizar diversos encontros para debater o seu futuro político, não só em João Pessoa e Campina Grande, mas em toda a Paraíba. Tem um ditado popular que diz: “Não vote em candidato ruim, a vítima vai ser você”.

Uma candidatura fraca não há disputa, e sim, apenas uma participação, basta lembrar de 1998 quando José Maranhão obteve 80,7% dos votos válidos (877.852 votos), enquanto o seu opositor, Gilvan Freire, alcançou apenas 16,1% (175.234 votos). Uma vitória avassaladora.

O PL precisa sair dessa inércia se quiser se projetar politicamente e escolher quem de fato tem votos para a disputa eleitoral.  Por fim, vemos que: “Precisamos sair da pré-escola política e entender que ninguém é obrigado a escolher um candidato que não lhe agrada ou o menos pior” (Sr nulo).

Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba