Opinião

Bruno Cunha Lima: Quanto mais fala, mais coloca Romero Rodrigues na Disputa de 2024 - Por Gildo Araújo

Estava certo de que hoje iria escrever sobre a posse do governador João Azevedo (PSB) e Lucas Ribeiro (Progressistas) que tem, logicamente, chamado a atenção de toda a imprensa paraibana neste domingo, pois se trata de duas figuras protagonistas da política do Estado e que mostrarão com trabalho o porquê de terem vencido as eleições de 2022.

Foto: Redes Sociais

Estava certo de que hoje iria escrever sobre a posse do governador João Azevedo (PSB) e Lucas Ribeiro (Progressistas) que tem, logicamente, chamado a atenção de toda a imprensa paraibana neste domingo, pois se trata de duas figuras protagonistas da política do Estado e que mostrarão com trabalho o porquê de terem vencido as eleições de 2022.

O governador João Azevedo, com todos os seus méritos administrativos, teve uma vitória triunfante, principalmente nas cidades interioranas, sobrepondo-se inclusive à votação de Campina Grande e à própria João Pessoa. Para o segundo mandato, espera-se um João Azevedo ainda mais desenvolto, que tem tudo para fazer uma gestão ainda mais pujante, o que lhe dará credenciais para sua possível eleição para o senado em 2026.

Entretanto, quem faz jornalismo tem um compromisso assumido com a sociedade. E assim, não pode deixar de lado o que vem acontecendo na cidade de Campina Grande, pois é a segunda cidade mais importante da Paraíba.

Nota-se que o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) vem tentando se justificar de sua má gestão, e isso é público e notório, onde quer que se ande na cidade. A repercussão da Administração é muito negativa e só não está pior graças à popularidade do ex-prefeito Romero Rodrigues (PSC), que ainda lhe dá uma sombra de credibilidade, mas que vem perdendo devido às insinuações contra a gestão anterior do próprio Romero Rodrigues.

Até parece que aquele Bruno Cunha Lima que quando deputado acumulava ao seu lado multidões de opiniões a seu favor, dado seu compromisso com causas sociais, agora, depois de eleito prefeito de Campina Grande, começa a se diluir administrativamente e com sequelas políticas irrecuperáveis.

Infelizmente, o prefeito campinense, a cada entrevista que dá nos meios de comunicação do Estado, tenta atribuir de forma indireta a sua má gestão ao governo anterior, como fez numa entrevista de rádio dado na última quinta-feira (29), quando disse, por exemplo, que iria processar a empresa que construiu o Hospital da Criança e que ainda não foi concluído, onde segundo Bruno Cunha Lima, precisará de readequação, e que talvez, nos dois anos que restam, ainda não esteja totalmente pronto.

Para complicar ainda mais sua situação, o gestor campinense ainda fez uma declaração que já para os moldes atuais é algo muito retrógrado: atrasar o pagamento dos prestadores de serviços pertencentes à Secretaria de Saúde, algo triste, que só demonstra uma gestão do tipo de política carcomida, e novamente de forma indireta tentou criticar a gestão do ex-prefeito Romero Rodrigues que administrou oito anos, pois usou como justificativa a versão de que há décadas esses prestadores recebiam com dez dias de atrasos, ou seja, mais uma forma de querer atingir seu antecessor, pois se sabia que existia essa dificuldade… por que não tentou resolvê-la durante os seus dois primeiros anos?

Mais uma vez, tergiversou sobre a aproximação com o senador Veneziano Vital (MDB), e disse novamente que ainda não estava pensando nisso, mas em sua fala deixou espaço para que isso venha a se concretizar, algo muito sem nexo para os “romeristas”.

A realidade dos fatos é que o povo campinense se acostumou a ver um prefeito muito presente em todas as ações da gestão da cidade como foi Romero Rodrigues, que com sua simplicidade soube administrar com eficiência e harmonia. A verdade é que até agora o governo de Bruno Cunha Lima não disse para que veio na cidade de Campina Grande, pois Natal Iluminado é lindo e importante, mas não reflete no dia-a-dia da população campinense.

O que se escuta nas ruas de Campina Grande são reclamações por todos os lados, pois nada do que prometeu foi feito em relação às obras estruturantes como a reforma do Cine Capitólio, local abandonado onde o que existe é um amontoado de camelôs; a Reforma do Parque Evaldo Cruz (Açude Novo) completamente abandonado, só servindo para uso de drogas; Hospital da Criança, local que se não cuidar urgentemente irá virar ruínas; e para piorar sua performance, anuncia atraso de pagamento de servidores, o que é mais grave, pois mexe com o estômago das pessoas que precisam se alimentar e principalmente nesse momento de Natal e Ano Novo quando cada servidor se enche de esperança de ter, pelo menos, o alimento para sua família.

Talvez a cidade de Campina Grande seja a única do Estado da Paraíba que não concluiu sua folha de pagamento em 2022, o que é inadmissível para uma cidade pujante como a “Rainha da Borborema”. A verdade é que o prefeito Bruno Cunha Lima precisa urgentemente reavaliar sua gestão. Todas essas ações só irritam ainda mais os “romeristas” que querem a todo custo que o ex-prefeito campinense se afaste de forma definitiva de Bruno Cunha Lima, embora ainda exista um bom relacionamento entre ambos, mas, em termos políticos, observa-se que com o passar do tempo poderá se tornar inviável.

E se esse distanciamento acontecer, o prefeito Bruno Cunha Lima pode enrolar a bandeira e esquecer a chance de reeleição, mesmo com a máquina na mão, já que é do conhecimento de todos os campinenses que Romero Rodrigues é, sem sombras de dúvidas, a maior liderança política de Campina Grande hoje.

E mais, não duvidem que durante esse percurso de uma possível conversa de Bruno Cunha Lima com o senador Veneziano (MDB), Romero Rodrigues já possa estar se articulando para se unir com o grupo dos Ribeiros já para 2024. Quem sabe não exista aí uma estratégia de Romero voltar à Prefeitura com o apoio dos Ribeiros já visando o apoio do futuro prefeito campinense à candidatura a governador de Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) ou Daniela Ribeiro (PSD) … o que seria uma estratégia da própria cidade em voltar a ter o governador da Paraíba. Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba