Opinião

Avanço de Pedro imobiliza João Azevêdo - Por Júnior Gurgel

foto: reprodução da internet

O resultado das duas últimas pesquisas (IPEC/Veritá) oscila posições na disputa pelo governo do Estado, dentro da margem de erro e índice de confiabilidade (95%). Números que sugerem – no momento – empate. Mas, como ainda restam seis dias, é necessário observar quem vem crescendo, e aguardar eventuais “fatos novos” que possam desequilibrar a contenda.

Adriano Galdino profetizou nos Portais de Notícias uma vitória de João Azevedo com 150 mil votos de maioria. A questão é saber se descobriram um novo método de “esticar” votos. Ouvindo fontes dos dois postulantes, a do governador confessou-nos que ora João perde em João Pessoa, Bayeux, Santa Rita e Cabedelo. A reação da coordenação é encarar o desafio de reverter, ou pelo menos estabilizar o crescimento de Pedro, que numericamente está à frente com cerca de 80 a 100 mil votos.

Quando escutamos o QG de Pedro Cunha Lima, os números são outros. Calculam que até o domingo (30.10.2022) o tucano atingirá no mínimo 150 mil sufrágios de maioria na grande João Pessoa, pela “onda” embalada através da juventude voluntária. As previsões sobre Campina Grande – com a radicalização do espírito “Campinista” – é que Pedro Cunha Lima saia vitorioso com 120 mil à frente de João Azevedo.

Esperança da equipe de João é o poderio de suas “tropas”, que exibem “musculatura” de um exército com 165 prefeitos, prontos para o combate. Entretanto, o número é praticamente o mesmo que o levou a alcançar 39,65% das preferências no primeiro turno. Não conquistou nenhuma nova adesão importante ou de “peso”. Sua apreensão é evitar defecções de última hora.

Todo candidato à reeleição inevitavelmente chega o momento que bate no teto. João não tem mais o que, nem a quem prometer nada. A folha de pagamento do Estado, está no limite. Qualquer mudança agora, será trocar seis por meia dúzia. Dos Estados Nordestinos, a Paraíba é um dos que mais emprega. E as lideranças políticas só enxergam contracheques.

Este tipo de problema inexiste na campanha de Pedro Cunha Lima, que pode prometer vagas de “astronautas” até numa futura Estação Espacial da Paraíba e sua abordagem será mais persuasiva. Uma mudança de governo implica em exonerações de no mínimo 50 mil contracheques. Uma verdadeira festa. Por outro lado, raciocinando pelas vísceras, as traições entrarão em curso esta semana. Quem se aventura a perder um salário, enxergando expectativa de vitória do adversário? Seu sustento é o emprego, e não a política ou o partido. O raciocínio é o da sobrevivência: “em tempos de pouca farinha, primeiro o meu pirão”. Até sexta-feira, teremos um governador eleito, aguardando apenas o domingo para confirmar sua vitória.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba