OPINIÃO

AUXILIARES DO GOVERNO FEDERAL: Protagonistas dos absurdos e dos delírios - Por Rui Leitão

Parece até que um dos requisitos exigidos para que sejam nomeados para compor o estafe administrativo do país, é a capacidade de produzirem declarações estapafúrdias e absurdas.

A cada dia assistimos alguns auxiliares do governo federal se manifestarem publicamente sobre temas que exigiriam uma abordagem racional, mas não têm qualquer constrangimento em exercerem um pensamento discursivo inadequado ao mundo civilizado. Parece até que um dos requisitos exigidos para que sejam nomeados para compor o estafe administrativo do país, é a capacidade de produzirem declarações estapafúrdias e absurdas.

As mais recentes foram protagonizadas pelo novo presidente da Funarte, Dante Mantovani, e o recém designado diretor da Biblioteca Nacional, Rafael Nogueira, que nos ofereceram pérolas que vieram enriquecer o teatro do absurdo a que integrantes do governo vêm atuando. Eles conseguem dar sentido tragicômico aos seus pronunciamentos, numa prática recorrente do “non sense”. Inspiram-se no comportamento amalucado do guru do clã Bolsonaro, Olavo de Carvalho, para produzirem frases que agradam o grupo que o considera mentor intelectual da nova direita brasileira. E assim se credenciam a assumirem postos de relevância na cúpula governamental.

O primeiro, responsável pelas ações culturais do universo artístico, nos brindou com declarações extremamente disparatadas, compartilhando teorias e reflexões sobre política e arte, tais como: “O rock de Elvis Presley e dos Beatles é parte de um plano para vencer o capitalismo burguês a partir da destruição da moral da juventude e das famílias”, “Os Beatles surgiram para implantar o comunismo”, “A Unesco é máquina dde propaganda em favor da pedofilia”, “O rock ativa a droga, que ativa o sexo, que ativa a indústria do aborto. E a indústria do aborto uma coisa muito mais pesada, que é o satanismo”. Esse é o homem que passa a dirigir uma das mais importantes instituições culturais do Brasil.

O segundo, um maestro que vai tomar conta da Biblioteca Nacional, nos oferece suas extravagantes reflexões sobre a cultura nacional, posicionando-se contra tudo o que possa ser compreendido como inovador no campo da literatura ou da produção intelectual. Vejam as preciosidades da loucura que ele elaborou: “”Cadê nossa literatura? Quem é o herdeiro atual de Machado de Assis? Cadê a nossa filosofia? Espero que o legado de Olavo de Carvalho resolva…”, “”Livros didáticos estão cheios de músicas de Caetano Veloso, Gabriel O Pensador, Legião Urbana. Depois não sabem porque está todo mundo analfabeto”.

Ah, ia esquecendo do novo diretor da Fundação Palmares, que tem a missão institucional de defender as causas dos negros, o jornalista Sérgio Camargo, que, mesmo sendo de cor negra afirma que “a escravidão acabou sendo benéfica para os negros brasileiros.

É, ou não é de assombrar. Como se não bastassem Ernesto Araújo no Itamaraty, Weintraub na educação e Damares nos Direitos Humanos, o presidente resolveu convocar mais três desajuizados para integrarem o seu governo. Onde vamos parar?

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Polêmica Paraíba

Fonte: Rui Leitão
Créditos: Rui Leitão