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ATENTADO A BOLSONARO: Não é da nossa tradição política! - Por Flávio Lúcio

"Não se trata de uma simulação, como aconteceu com a bolinha de papel de José Serra, em 2016, como muitos lembraram"

TQ  08.03.2018 POUSO ALEGRE MINAS GERAIS NACIONAL ELEIÇÕES Bolsonaro participa de carreata pelas ruas de Pouso Alegre, discursa em estacionamento da rodoviária e participa de solenidade na Câmara dos Vereadores.  Deputado federal Jair Bolsonaro, pré - candidato à Presidência da República pelo PSL visita cidades do sul de Minas, a primeira visitada foi Pouso Alegre. FOTO TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
TQ 08.03.2018 POUSO ALEGRE MINAS GERAIS NACIONAL ELEIÇÕES Bolsonaro participa de carreata pelas ruas de Pouso Alegre, discursa em estacionamento da rodoviária e participa de solenidade na Câmara dos Vereadores. Deputado federal Jair Bolsonaro, pré - candidato à Presidência da República pelo PSL visita cidades do sul de Minas, a primeira visitada foi Pouso Alegre. FOTO TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

Parece estranho que eventos alheios à campanha eleitoral voltem a se repetir quatro anos depois. Em 2014, foi o acidente com o avião de Eduardo Campos, que provocou imensa comoção no eleitorado. Dessa vez, em circunstâncias distintas, um atentado à faca contra Jair Bolsonaro, que está em estado grave.

Não se trata de uma simulação, como aconteceu com a bolinha de papel de José Serra, em 2016, como muitos lembraram. Segundo noticiou a imprensa, Bolsonaro perdeu muito sangue e chegou a correr risco de vida.

De minha parte, condeno veementemente esse tipo ação, por mais que Bolsonaro a tenha incitado – é irônico que ele próprio tenha sido vítima de uma arma, mesmo que seja branca, após anos em defesa do armamento da população. Não é da nossa tradição política esse tipo de atentado, sobretudo contra um candidato em plena campanha eleitoral. Nem a esquerda nem a direita jamais fizeram uso desse artifício, e o mais provável é que o executor tenha problemas mentais e, portanto, como é lógico e por razões óbvias, não partiu de nenhum dos candidatos ou partidos.

Bolsonaro estava sendo derrotado na política. Nós o enfrentávamos com apelos à razão, desmitificando as soluções fáceis que ele propunha para problemas complexos, e, mais que tudo, defendendo valores humanos que a esquerda sempre abraçou e sem os quais deixaria de ser quem é.

Flávio Lúcio Vieira

Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria