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Arthur Bolinha poderá ser o vice de Nilvan Ferreira - Por Júnior Gurgel

O amigo Alfredo Lucas, profundo conhecedor da história política da Paraíba – declaradamente “Bolsonarista” – vem articulando junto a Nilvan Ferreira o nome do empresário Arthur Bolinha para ser o candidato a vice-governador na chapa do PL. Através dele, fizemos contato com o próprio Arthur Bolinha, que não descartou a possibilidade. Recebeu telefonema de Wellington Roberto agendando conversa, encontro que terá que ser realizado e definido até amanhã às 17hs, último prazo para cumprir o calendário eleitoral junto ao TRE-PB/TSE.

Caso venha concretizar esta aliança, quem ganha é Campina Grande. Independentemente do resultado das urnas, terá um governador ou um vice, em quaisquer das postulações que saia vitoriosa do pleito. Nilvan carece de um bom nome na Rainha da Borborema, para se manter no mesmo ritmo do pelotão que disputa a maratona eleitoral de 2022. Arthur Bolinha é um cidadão que tem conceito na classe média, desfruta de respeito nos meios empresariais da cidade, e um pouco de experiência para movimentar a campanha do presidente Bolsonaro na região.

Ao longo da vida aprendemos a não subestimar, nem superestimar capacidades de luta de candidatos em disputas majoritárias. Já testemunhamos inúmeras vitórias (zebras) literalmente imprevistas, e diversas derrotas do “já ganhou”, antes da apuração do último voto. Fontes da Capital – experientes e bem informadas – nos relataram ontem resultados de pesquisas de consumo interno dos partidos, posicionando Nilvan Ferreira a frente de todos (JP) e abrindo 10% sobre o segundo colocado, governador João Azevedo. Evento que pode se transformar em fenômeno instantâneo. Crescer, como uma “onda”, semelhante a vitória de Ricardo Coutinho para prefeito em 2004, derrotando Rui Carneiro, candidato de Cícero Lucena e do governador Cássio Cunha Lima.

Cabe a Wellington Roberto dois ou três passos decisivos. O vice de Campina (Bolinha) e uma conversa madura e pragmática, talvez até com a mediação do presidente Bolsonaro, com Sérgio Queiroz. Nilvan “puxará” Bruno Roberto (Senado) em João Pessoa. Wellington levará Nilvan às suas bases. Em Campina, pé no chão e com humildade, Bolinha abrirá espaços, ampliando o alcance de lideranças e vereadores que já se engajaram na campanha do PL. Será o palanque de Bolsonaro, que tem tudo para radicalizar o pleito, dentro do contexto da disputa nacional.

No Headline, programa da Jovem Pan levado ao ar diariamente das 22hs às 23hs, o entrevistado (ontem 03.08.2022) pelo experiente William Travassos, foi Bruno Roberto. Um espaço excelente, mas Bruno estava pouco inspirado e suas respostas foram “genéricas”. Sentimos que falta uma plataforma de campanha onde ele possa discorrer sobre os grandes temas Estaduais, Regionais e Federais. Mostrar que o PT nunca venceu em Campina Grande, que é a segunda maior cidade do interior do Nordeste; tem tudo para voltar a sua posição perdida para Feira de Santana (BA). Aqui foi criado o primeiro Parque Tecnológico do Brasil; origem da EMBRAPA; com a transposição, retomar o plantio do algodão – a Paraíba foi um dos maiores produtores do país, com 14 indústrias aqui instaladas; replantio do sisal; pôr para funcionar o Instituto do Semiárido, conquista de Ney Suassuna, hoje inativo, dispondo de orçamento apenas para pagar folha de pessoal (?); aproveitar a reestruturação da SUDENE, e lutar para trazer sua sede para Campina Grande; expandir com canais as águas das transposições, para pelo menos uma centena de assentamentos improdutivos no campo e com irrigação destiná-las a produzir além de grãos (sertão e Curimataú), hortifrutigranjeiros no brejo, que será abastecido pelas águas de Acauã.

O único tema que se destacou foi quando definiu que as demais candidaturas são todas de esquerdas (centro e extremo), e a única conservadora e de direita é o PL.

Fonte: Júnior Gurgel
Créditos: Júnior Gurgel