Aeroporto Castro Pinto: Escuridão no acesso e falta ônibus. Assim não tem turismo que evolua - Por Rubens Nóbrega

De João Pessoa até o Castro Pinto, em Bayeux, por exemplo, poste com luz acesa somente até a sede do Corpo de Bombeiros, em Marés, e no viaduto que se conecta com a Via Oeste na altura do Alto do Mateus. A partir daí, mais um pedaço iluminado, mas só de um lado e até o posto de gasolina que fica antes da Polícia Rodoviária Federal em Manguinhos. Desse ponto até a entrada do Alto da Boa Vista, em Bayeux, puro breu.

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Breu vergonhoso
Por Rubens Nóbrega

(Do Jornal da Paraíba) – Desde o fim da duplicação da BR 230 entre João Pessoa e Campina Grande, obra que começou no governo de Ronaldo Cunha Lima (1991-94) e terminou no Cássio I (2003-2006), passando pelos Maranhão I e II (restinho de 95 até meados de 2002), este colunista viu, leu e ouviu reiterados anúncios e promessas de que o trecho que corta a Região Metropolitana da Capital teria iluminação noturna da boa, por se encontrar todo ele em perímetro urbano.
Até hoje, contudo, persiste uma iluminação precária por toda aquela extensão, algo que favorece tanto a ocorrência de acidentes de trânsito, alguns fatais, como a de assaltos e homicídios. É da maior importância, portanto, iluminar a 230 e manter acesas as lâmpadas de todos os postes fincados no meio ou nas margens da BR. É da maior urgência, também, estender a providência aos pedaços e lados onde tal iluminação simplesmente não existe.
De João Pessoa até o Castro Pinto, em Bayeux, por exemplo, poste com luz acesa somente até a sede do Corpo de Bombeiros, em Marés, e no viaduto que se conecta com a Via Oeste na altura do Alto do Mateus. A partir daí, mais um pedaço iluminado, mas só de um lado e até o posto de gasolina que fica antes da Polícia Rodoviária Federal em Manguinhos. Desse ponto até a entrada do Alto da Boa Vista, em Bayeux, puro breu.
A iluminação pública volta a existir na avenida de acesso ao aeroporto, mas apenas no lado que sobe e na base de três postes ‘acesos’, um ou dois ‘apagados’. Descendo, por onde descem os turistas que aqui chegam de avião, é escuro até o viaduto da Via Oeste, voltando a escurecer logo após e até depois do quartel dos bombeiros.
Por essas e outras, quem deixa ou busca alguém naquele aeroporto, entre o final da tarde e o alvorecer do dia seguinte, há pelo menos duas décadas roda por um trecho razoável onde a iluminação possível depende dos faróis dos carros na maior parte do tempo e do percurso. Na minha medição intuitiva, são três quilômetros ou mais que devem envergonhar os paraibanos e assustar os visitantes que aqui desembarcam, em sua maioria durante a madrugada.
Imaginem, senhoras e senhores, o que é vir para um lugar como o nosso pela primeira vez, desembarcar às três da madrugada num aeroporto distante do hotel que reservou e ser obrigado a fazer a travessia de um ponto a outro por ruas mal iluminadas e uma BR quase sem iluminação alguma. Para completar, por onde passar o turista só vai perceber alguma coisa que lhe dê alguma sensação de segurança se notar à margem da BR um guarda sentado dentro do posto da PRF de Manguinhos.
Penso que acabar com esse vexame requer convergência de vontades, decisões e medidas urgentes de pelo menos quatro entes públicos: Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), órgão que administra as rodovias federais, prefeituras da Capital e de Bayeux e Governo do Estado.
O Dnit, se não quiser fazer o que deve ser sua obrigação, pelo menos permita que as prefeituras façam (lembrando que desde o dia 1º deste mês os municípios são responsáveis pela iluminação pública). Há que se incluir no esforço também o Governo do Estado, certamente interessado em oferecer a melhor recepção possível aos turistas, que é a melhor forma de incentivar o turismo e o retorno das pessoas que viajam por lazer, negócio ou missão institucional.
Temos, portanto, soluções e alternativas perfeitamente exequíveis. A não ser que os dirigentes do órgão e poderes mencionados estejam satisfeitos com a situação, de todo modo e a todo tempo constrangedora para quem quer ver a Paraíba de bem e de boa com quem vive aqui e aqueles que vêm pra cá.
Falta ônibus

Outra falha incrível e antiga nos serviços necessários ao funcionamento de um aeroporto é a inexistência de ônibus que sirvam a quem lá trabalhe ou demande o Castro Pinto. Os carros da Metro, concessionária de transporte coletivo de Bayeux, circulam das seis da manhã às dez da noite. Por conta disso, muita gente que desembarca de madrugada no aeroporto dorme no terminal até o amanhecer.
Já outro tanto de gente reivindica transporte de massa de qualidade para atender ao aeroporto. Seria um ônibus daqueles confortáveis, novos e seguros que levariam turistas e nativos direto para a Capital e Cabedelo, numa linha expressa que trafegaria pela BR 230. Intermunicipal, portanto. Há tempo pedem algo assim, mas até hoje… Nada! Não se sabe se por falta de interessados ou de iniciativa do DER (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem). Ou de visão e articulação da PBTur.