Opinião

Adriano Galdino: Em Política, nem toda verdade deve ser dita - Por Gildo Araújo

Desde quando o deputado Adriano César Galdino de Araújo (Republicanos) foi entrevistado pelo Sistema Arapuan de Rádio

Foto: Reprodução/ Internet
Foto: Reprodução/ Internet

Desde quando o deputado Adriano César Galdino de Araújo (Republicanos) foi entrevistado pelo Sistema Arapuan de Rádio, parece que houve um silêncio sepulcral por parte de alguns membros do próprio governo, talvez até para preservar a amizade e o respeito que sempre permeou entre o governador João Azevedo e o presidente do Poder Legislativo paraibano.

Talvez o nosso “Matuto do Cariri” tenha esquecido de aplicar a quarta lei do livro “As 48 Leis do Poder”, de Robert Greene, que diz “Diga sempre menos do que o necessário”. A lei sugere que pessoas poderosas impressionam e intimidam quando falam pouco, pois quanto mais se fala, maior a probabilidade de cometer um erro.

Quem convive na política do Brasil entende que nem toda verdade deve ser dita, pois pode causar repercussão negativa para quem fala, e isso atrai diversas reações contrárias, principalmente daqueles que estão mais próximos do poder.

No caso de Adriano, após falar o que pensa e depois de toda a repercussão do que disse, podemos afirmar que o importante foi que “entre mortos e feridos, salvaram-se todos”, pois já no final de semana as pazes voltaram a reinar entre os Chefes do Executivo e do Legislativo paraibano, fato que é por demais salutar que exista, já que o grupo comandado pelo governador João Azevedo precisa, mais do que nunca, demonstrar unidade, tendo em vista que há uma perspectiva de que as oposições devem vir muito forte.

Aliás, depois dessa reconciliação, o deputado Adriano Galdino disse que continua na luta com o seu nome à disposição para o governo da Paraíba, mas já admitiu que pode vir a disputar novamente uma vaga na Assembleia Legislativa. 

E essa fala especificamente tem um significado importante do ponto de vista de seu futuro político e de seu grupo, no mínimo, não só os amigos, mas a família deve ter pedido para o presidente Adriano Galdino fazer uma melhor reflexão em relação ao destino de seus aliados, até porque ele, Adriano, vai precisar reeleger seu irmão, Murilo Galdino (Republicanos), para a Câmara Federal, e vai ser preciso muita articulação de bastidores para consolidar a reeleição de Murilo.

Depois de toda essa celeuma criada nos últimos dias na política da Paraíba envolvendo o deputado Adriano Galdino e o governador João Azevedo, é visível observar que o nome do vice-governador Lucas Ribeiro (Progressistas ), tem crescido bastante na cotação para ser o eventual candidato ao governo do Estado; apesar dos “blefes” da senadora Daniella Ribeiro (PSD), quando diz que continua trabalhando para sua reeleição.

No nosso entendimento, é mais uma jogada estratégica da parlamentar que nessas alturas do campeonato já sabe que o seu filho, Lucas Ribeiro, será sim, o provável candidato ao governo. Se a senadora não tivesse essa certeza, sem sombras de dúvidas, seu nome para a reeleição já estaria muito mais além do que estamos vendo.

Mas uma coisa é certa sobre Adriano: durante o trabalho de divulgação de seu nome para a disputa ao cargo de governador, ele conquistou um grande espaço político na Paraíba, tornando-se muito mais conhecido, demonstrando ser um grande protagonista, sempre bem articulado e agregador.

O bom de tudo isso é que a sua verdade com sinceridade traz para a população um sentimento de justiça e de amor pelo que faz e acredita. Suas palavras jamais foram em vão, e mais, se o grupo de situação deseja fazer a sucessão, não pode deixar o deputado Adriano Galdino no ostracismo político, pois se isso acontecer, o grupo do governo estará fadado ao fracasso nas eleições de 2026, já que a disputa será ardorosa e só irá ganhar quem realmente tiver estrutura partidária, já que a partir de agora qualquer baixa em ambos os lados será fatal para a eleição de 2026.

Quem viver, verá! 

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba