Presidente da Assembleia Legislativa, que logrou obter a confiança dos pares para mais de uma gestão à frente da Casa de Epitácio Pessoa, o deputado Adriano Galdino continua com boa cotação para ser indicado candidato a vice-governador na chapa do governador João Azevêdo (Cidadania) à reeleição, mas, dentro do seu estilo, coloca-se em posição de expectativa ante os acontecimentos, sem precipitar fatos ou sinalizações, nem exercer qualquer forma de pressão, direta ou indireta, no círculo de influência que o gestor enfeixa. Galdino tem apoio expressivo de colegas parlamentares, que em seu perfil elogiam a competência e o companheirismo, bem como o acendrado espírito público, refletido na agenda proativa que conduz à frente do Legislativo paraibano, sobressaindo em posição de destaque em plena pandemia do coronavírus no Estado.
Mas ele tem consciência de etapas que precisam ser queimadas e de demarches que se farão imperativas para que possa se concretizar o desideratum da sua participação na chapa majoritária estadual nas eleições do próximo ano. Há um ponto crucial , que é a definição partidária. Ainda filiado ao Partido Socialista Brasileiro, que se mantém sob a liderança do ex-governador Ricardo Coutinho, Galdino não pretende ser refém de diretrizes com que não tem mais afinidade. Tomou seu rumo em meio ao rompimento verificado entre dois aliados ilustres e não titubeia na opção que escolheu. Seu destino será mesmo o “Avante”, com o qual possui ligações marcantes e no qual estará à vontade para pavimentar projetos políticos que ainda acalenta. Vai aguardar, então, a chamada “janela partidária” para consumar decisões intimamente já amadurecidas e reacomodar interesses de lideranças que lhe são próximas. Esta é, por assim dizer, a parte formal, indispensável, porém, para a transição que cogita levar a cabo na sua própria trajetória.
Se a questão partidária, em tese, está mais ou menos equacionada, o mesmo se dá com o seu alinhamento político, na órbita da liderança do governador João Azevêdo. Dá-se bem com políticos de diferentes correntes partidárias que se disponham ao diálogo em alto nível, o que explica o seu trânsito junto a senadores como Veneziano Vital do Rêgo, do MDB, e Daniella Ribeiro, do PP, além dos canais de interlocução que mantém com deputados federais, dirigentes de partidos e deputados estaduais de outras legendas, bem como prefeitos e representantes de expressão de municípios das diversas regiões da Paraíba. Galdino, aliás, tanto no mandato parlamentar como na gestão empalmada à frente da Assembleia Legislativa, não tem esquecido origens municipalistas que, para ele, se consolidaram em redutos pequenos, como Pocinhos, ou maiores, como Campina Grande. No enfrentamento à pandemia de Covid-19, o presidente da AL fez-se cioso do papel que o Poder teria que desempenhar, de forma colaborativa, com outras autoridades empenhadas na adoção de medidas para combater o vírus.
Uma das primeiras providências de Adriano Galdino foi, então, a de decretar a instituição de sessões remotas para assegurar o funcionamento da Assembleia na emergência da pandemia. Sob seu comando, o Poder Legislativo da Paraíba foi pioneiro no território nacional e, naturalmente, serviu como exemplo ou inspirou Assembleias de outros Estados e, concomitantemente, Câmaras Municipais, às voltas com o dilema de continuar legislando numa atmosfera de restrição, em muitos casos de isolamento social. Essa posição vanguardista da Casa de Epitácio Pessoa deu amplitude à gestão de Adriano Galdino, indicando saídas que se revelaram viáveis e exitosas para que o interesse público não fosse sacrificado no bojo da restrição à mobilidade. Conta o presidente Adriano Galdino que em plena pandemia a ALPB tem tido períodos dos mais produtivos em sua História, na aprovação de projetos de grande relevância.
O teste favorável de proatividade, além de impactar na imagem da Assembleia perante a opinião pública, credenciou o deputado Adriano Galdino ao respeito pela seriedade demonstrada nas decisões de grave repercussão que ajudou a construir, em parceria com seus colegas de Mesa e de plenário. O reconhecimento da colaboração eficiente da Assembleia no quadro de calamidade não tem faltado da parte do governador João Azevêdo, que praticamente contou com Adriano Galdino como se conta com secretários e auxiliares dedicados e compenetrados das suas responsabilidades na vida pública. O dirigente da Assembleia tem atuado, também, para mediar conflitos, conciliar eventuais impasses na relação envolvendo o governo do Estado e prefeituras municipais neste período de calamidade.
Partiu do presidente Adriano Galdino a sugestão para que prefeitos municipais da Paraíba não esperassem por decisões do governo estadual para adotar, nas suas jurisdições, medidas restritivas consideradas necessárias para conter a incidência da pandemia de Covid-19, mas que procurassem se antecipar, dentro dos estritos limites de suas competências, naquelas ações preventivas que poderiam contribuir, em muito, para reduzir níveis alarmantes ou preocupantes de contaminação no Estado da Paraíba. São iniciativas assim que forjam o perfil do deputado Adriano Galdino como um homem público sensível aos reclamos populares – e que poderão moldar a sua trajetória a partir das eleições do próximo ano, levando-o a ascender a posições de maior destaque, na estrutura de poder vigente na realidade local. É um quadro que vai se impondo no cenário político estadual por méritos e posturas elogiáveis.
Fonte: Nonato Guedes
Créditos: Polêmica Paraíba