– não te estupro por que você não merece.
Brada o deputado, já pré-candidato a presidente, contra uma colega parlamentar, em um país que empilha feminicídio nas sacadas, vielas, favelas e condomínios de luxo brasileiros.
-a Ditadura fez foi pouco, devia ter matado uns 30 mil.
Deseja o mesmo parlamentar ainda antes de ser presidente desse país situado aqui entre os trópicos, que não respeita diferenças, sejam elas políticas de opinião, religião, sexualidade etc…
-Eu acho que uma fake news de vez em quando é muito válida.
Regurgita o dito cujo que foi catapultado ao poder criando um sistema de contrainformação nunca antes visto na história da República (gabinete do ódio é a principal ação de Estado do Bolsonarismo – sim de Estado, aparelhada e institucionalizada pelo desgoverno de tudo).
– uma população armada, jamais será escravizada!
Projeta o arquiteto do caos, entusiasta do armamento irrestrito no país em que virou modalidade nacional crianças atentarem com facas. Quem dirá o que seriam com as armas nas ruas, conforme almejou o Messias?
Há os que acreditam que cápsulas sonares guardam as falas, comunicações desde o início de tudo.
Outros apenas crêem que as palavras vagam livremente em órbita espacial, em uma espécie de caixas pretas interestelares com sistema de codificação, esperando serem decifradas para contarem em detalhes a história do universo.
E eu?
Tenho pouca, ou nula opinião formada sobre assuntos desta envergadura astrofísica, nuclear, quântica, ou meramente, ficcional.
Vou esperar filme do Nollan para decifrar o insondável e acreditar no impossível.
Agora, aqui desta vidinha terrena, onde só se debate nascer e morrer…das poucas coisas que sei, uma delas salta aos olhos meus…
E deveria ser capaz de abrir os seus olhos hipnotizados, cérebros teleguiados…
O que leva alguém “de bem” a apoiar este genocídio verborrágico, este atentado contra a humanidade, esse projeto de destruição, conclame ao extermínio??
O medo é vizinho do ódio. E o brasileiro tem muito o que temer, é verdade. A violência, a fome, a injustiça são a combustão explosiva desta equação química. COQUETEL MOLOTOV.
Nas mãos, ou melhor vozes, desta narrativa canalha, pobre, burra e autoritária transformaram o pobre cidadão comum, médio brasileiro em arma letal social.
E você aí, por dogmas, uma moral controversa de defesa de valores hipócritas (Deus-qual?, Pátria-yankee?- família-aos meus tudo), ou simples ódio, de classe, raça, credo, ou do fantasma que avermelham em sua mente, ainda prossegue alinhado, pior, ecoando esta tragédia humana ideológica.
Perdão, irmão…
Você pode até não ter puxado o gatilho, apunhalado as pobres crianças, ferido a professora indefesa…
Mas você municiou a pistola, destravou a arma, desembainhou a faca…
–Faca? O que tenho a ver com isso? Eu defendo bala!
Brada o pai, mãe, avô, tia da tradicional família brasileira preocupado com suas criancinhas contra o mal.
Imagina o tamanho do estrago se essa política armamentista desenfreada durasse mais 4 anos??
Iríamos todos, todos “nadar numa piscina de sangue”, Brown!
Ademais, ódio, violência descamba no mesmo fim, independente do instrumento.
O ódio ao outro, a violência não nasceu dessa anomalia conceitual que está na ponta de lança dos “cidadãos de bem” brasileiros, mas a “sua arminha”, inegavelmente, legitima toda a barbárie.
Sim, obviamente, o discurso de ódio dirigido a torto, desferido a esmo, a cólera coletiva sobre qualquer que seja diferente do que você entende normal, natural (seja lá o que isso for) respinga no sangue que tinge de vermelho a aquarela do Brasil.
Em linhas gerais a relação é direta entre os ataques proferidos e seu eco propalado com a violência geral.
Há muitas mãos apontando o dedo e manchadas de sangue.
Recapitulando: A SUA ARMINHA LEGITIMA A BARBÁRIE.
Fonte: Marcos Thomaz
Créditos: Polêmica Paraíba