A elite brasileira tem intenções antidemocráticas. Adora viver de privilégios, em detrimento do bem estar social da grande maioria da população. Ocupando espaços de poder no país, atua sempre dentro de uma lógica capitalista escravista, desprezando noções de moral e justiça. Coloca o Estado a serviço de interesses privados. Constrói mecanismos próprios e institucionais para cercear liberdades e direitos dos que estão na base da pirâmide social. Exerce um criminoso e perverso controle sobre as populações vulneráveis.
Não há compromisso com um projeto de nação. Abomina qualquer coisa que se coloque como ação em favor de uma transformação social. Na condição de classe dominante exagera na prática do egoísmo e na manifestação de insensibilidade diante das desigualdades sociais. Menospreza a vida desditosa dos excluídos e marginalizados pelo poder público. Expõe uma cruel indiferença quanto à exclusão social que se amplia cada vez mais entre nós. Se posiciona alheia e impassível perante o drama humano vivido por significativa parcela da sociedade brasileira.
O Brasil dos despossuídos vive sob o tacão de ferro de uma elite predatória e desumana. Como bem classifica Jessé Freire, impera o mandonismo da “elite do atraso”. O pior é que trabalha no sentido de fazer com que o oprimido assuma o discurso do opressor, inibindo-o a buscar a libertação. Procura induzir ao reconhecimento de que representa a superioridade intelectual, moral e econômica de nosso país. Tenta fortalecer a concepção de que as classes populares não estão habilitadas para participação efetiva na vida pública e política. Abomina a ideia de emancipação política das massas.
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Temos uma elite deslumbrada e fútil. Não gosta de povo. E, por isso, não vê com bons olhos a democracia, embora adote um discurso falso em sua defesa. Na prática age em desfavor do estado democrático. É demofóbica, ainda que procure construir uma imagem contrária. Sua mania de superioridade é fruto de uma cultura que humilha a pobreza, resultante de um passado escravocata.
É irônico, para não dizer trágico, ver os integrantes da classe média que se consideram ricos, comportando-se como marionetes dessa elite ignóbil. Como também existem os pobres que pensam ser classe média. Transformam-se em massa de manobra para atendimento dos interesses das classes dominantes. A plutocracia brasileira conspira a todo instante contra a democracia.
Fonte: POLÊMICA PARAÍBA
Créditos: POLÊMICA PARAÍBA
