opinião

A frente ampla democrática - Por Rui Leitão

O debate sobre o futuro político do Brasil não pode mais ficar estimulado por conceitos ideológicos ou partidários. A situação exige, antes de qualquer coisa, que se discuta como, em sentido de unidade nacional, se defenda o estado de direito. É preciso aglutinar esforços no enfrentamento das posturas autoritárias que ameaçam a democracia.

O debate sobre o futuro político do Brasil não pode mais ficar estimulado por conceitos ideológicos ou partidários. A situação exige, antes de qualquer coisa, que se discuta como, em sentido de unidade nacional, se defenda o estado de direito. É preciso aglutinar esforços no enfrentamento das posturas autoritárias que ameaçam a democracia. As diferenças têm que ser superadas, em nome da causa maior, qual seja a de, numa demonstração de força, formar uma frente ampla progressista que lute por um Brasil soberano, inclusivo e democrático. Só assim serão vencidos os obstáculos emocionais e conceituais que a polarização política tem provocado.

As aventuras golpistas que temos assistido não podem mais ser toleradas. É imprescindível e inadiável que as lideranças políticas comprometidas com a democracia, quaisquer que sejam as suas filiações partidárias, se associem para salvaguarda das instituições do Estado. Mesmo na discordância, deve prevalecer a unidade em torno da Constituição Federal, na garantia de que ela não seja violada no atendimento a interesses menores. É importante que continuemos a ter uma sociedade livre e um Estado totalmente regido pela lei.

O encontro de líderes heterogêneos pode propiciar uma mobilização popular na busca da construção de um futuro melhor para nossa gente. A abertura de diálogo entre posições partidárias distintas ajudará a consolidação da frente ampla democrática que estamos a necessitar. Que se inicie urgentemente o processo de convergência política que defina uma agenda comum no combate aos golpistas.

As forças políticas, embora adversárias em algum momento do passado, devem se unir para vencer aqueles que estão tentando colocar em risco a continuidade da democracia em nosso país. O grito de resistência tem que ser uníssono. Essa união não é produto ideológico, mas sim um imperativo da necessidade histórica de defender o Estado Democrático de Direito. Instrumento prioritário de ações para fortalecer a nossa capacidade coletiva de luta.

Não podemos nos fechar em muros ideológicos. Construamos pontes para que nos encontremos na disposição de lutar, formando uma frente pluripartidária que tenha como eixo um projeto nacional que resgate a normalidade política em nosso país. Esse movimento assume caráter de salvação nacional.

Fonte: Rui Leitão
Créditos: Polêmica Paraíba